domingo, 30 de setembro de 2012

QUAL ´E A ORIGEM DO SER HUMANO?

O Homem veio do macaco?






Esta foto foi tirada em uma exposição em Salamanca por Cristina Chehab, em 2006.

sábado, 15 de setembro de 2012

Camões



O corpo de Camões Jaz na Capela Vicentina, em Lisboa, mas a sua alma está em todas as mentes daqueles que o  leram.

Crônica

O amor acaba
Paulo Mendes Campos
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania¹ da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
1. No sentido literário, epifania é um momento privilegiado de revelação quando ocorre um evento que “ilumina” a vida da personagem.
O amor acaba - Crônicas líricas e existenciais. 2ª- ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
 

Graciliano Ramos- São Bernardo-2A


 Débora Miriam da Silva 

 Erika Luana                     

 

Trabalho de Literatura

Livro: São Bernardo             Autor : Graciliano Ramos

 

II – Estrutura

1-Personagens:

1.1.      Nomeie as personagens mais importantes:

a)   Protagonistas: Paulo Honório, Luís Padilha, Madalena, D. Glória,Ribeiro, padre Silvestre

 

b)   antagonistas:Paulo Honório era seu próprio inimigo.

 

c)   demais personagens:         Tubarão, Dr. Magalhães, Marciano, Rosa, Maria das Dores, Marciano, mãe Margarida,Mendonça, Casimiro Lopes, João Nogueira, Azevedo Gondim

 

 

1.2.      Classifique as personagens da obra em questão.

1.3.      As personagens são descritas fisicamente? Como isso ocorre?

R: Sim, porém de foram rápida, sem muitos detalhes.

 

1.4.      Hà análise psicológica das personagens? Explique como esse perfil é caracterizado?

R: Sim. Ele é caracterizado de forma a gerar uma profunda análise das relações humanas.

 

1.5.      Caracterize psicologicamente as personagens principais.

Paulo Honório: sempre consegue o que quer sem se importar com a vida dos outros, tem uma visão política, é inseguro.

Madalena: tem opinião forte e própria, se preocupa com os bens materiais, não se importa com as aparencias, ajuda os outros.

 

1.6.      Há trechos em que a personagem manifesta maior expressividade emotiva  ? Cite alguma passagem ou indique os capítulos.

R: Sim, como é possível ver na seguinte passagem “Aí eu peguei a xícara de café e amoleci”.

 

2.      Enredo (intriga, trama, história)

2.1.      Qual o principal móvel das intrigas na obra?

R: A relação entre Paulo Honório e Madalena

 

2.2.      Quais os pontos de maior tensão na obra?

R: A morte de Madalena

 

2.3.      A obra apresenta relação com o contexto histórico –social em que foi produzida?

R: Sim, pois há uma crítica importante com relação ao regime fndiário e os conflitos sociais.

 

3.      Ambiente (cenário, paisagem, situação)

3.1.      Onde ocorrem as ações (acontecimentos, fatos)?

R: Grande arte delas na fazenda S. Bernardo.

 

3.2.      As personagens se deslocam para outros espaços? Quais?

R: Sim, como por exemplo Macéio.

 

3.3.      De que forma a mudança de ambiente afeta as personagens?

R: Essa mudança de ambiente afeta diretamente a vida do personagem, pois as pessoas encontadas durante suas viagens passam a fazer parte de sua vida: seu Ribeiro, d. Glória.

 

3.4.      Como ocorre a descrição espacial do ambiente? Quais recursos o autor utiliza?

R: O espaço é descrito conforme a visão de Paulo Honório, reparando apenas naquilo que lhe interessa.

 

3.5.      A caracterização do ambiente é indispensável para o desenrolar da história? Há relação entre o descritivismo e a escola literária a que pertence a obra?

R: O ambiente nesse caso não é tão importante no desenrolar da história. Nessa escola liuterá ria o descritivismo não está tão presente.

 

4.      Tema (assunto)

4.1.      Qual o tema central da obra?

R: Os conflitos sociais e psicológicos do ser humano, com enfase na questão politica.

 

5.      Tempo

5.1.      Em que época se situa a narrativa? Qual a sua duração?

R: A narrativa se situa na década de 1930 e tem duração de 5 anos

 

5.2.      A obra apresenta sequência cronológica convencional? Explique.

Não. No começo a história está no presente, depois volta ao passado e no final está no presente.

 

5.3.      Há tempo psicológico? Indique a passagem.

R: Sim, como por exemplo o capítulo 8.

 

5.4.      O que se pode dizer sobre o ritmo da narrativa?

R: A narrativa tem um ritmo rápido.

 

6.      Ponto de Vista

6.1.      Classifique o foco narrativo e o tipo de narrador.

R. Narrador-personagem, onde o foco narrativo é de Paulo Honório.

 

6.2.      Retire da obra um exemplo de cada tipo de discurso (direto, indireto, indireto-livre) e monólogo caso haja.

R. Discurso direto: - Foi assim que sempre fez. A literatura é literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente....

Discurso indireto: Cheio de amargura, abalada a decisão dos primeiros dias, confessou-me que tinha tentado contrair um empréstimo com o Pereira.

Discurso indireto-livre:  No hotel marchei para o banheiro, fui tirar o carvão e o suor. E ia-me sentendo à mesa quando chegaram João Nogueira, Azevedo Gongim e padre Silvestre.

Discurso monólogo: Rumor do vento,dos sapos, dos grilos. A porta do escritório abre-se de manso, os passos de seu Ribeiro afastam-se. Uma coruja pia na torre da Igreja. Terá realmente piado a coruja.

III. Linguagem

1.1.      Há traços estilísticos que individualizam o autor da obra?

Sim, como quando ele liga o primeiro capítulo com o último e assim por diante.

 

1.2.      Há, na obra, inovações linguisticas, arcaísmos, regionalismos, gíria ou vulgarismo?

R: Há arcaísmo e vulgarismo.

 

1.3.      A fala dos personagens ajusta-se à sua categoria social e/ou à realidade representada na obra?

R: Sim, o reduzido vocabulário do sertanejo ajusta-se a sua situação social.

 

1.4.      Há trechos representativos do estilo de época? Explique.

R: Sim, podemos ver na obra o nacionalismo crítico, a liberdade de linguagem, a fragmentação do enredo, características essas presentes no modernismo.

IV. Ideologia

1.1.      A obra compeende uma visão: realista, fantasiosa, fantástica, pessimista ou otimista do homem e da sociedade?

R: A obra compreende uma visão pessimista do homem e da sociedade.

 

1.2.      Há passagens, personagens ou qualquer elemento que indicie alguma simbologia?

R: Sim, podemos ver essa simbologia com relação a coruja, sempre que ela aparece fosse a consciência, a forma racional, é como se ela aparecesse para lhe lembrar que está na hora de voltar a escrever.

 

1.3.      Há, na obra, sinais de tolerância religiosa, preconceitos de ordem moral, racial ou social?

R: Sim, como se pode observar no seguinte trecho “O domingo é perdido, o sábado também se perde, por causa da feira, a semana tem apenas cinco dias que a Igreja ainda reduz” (sinais de tolerância religiosa),

 

V.Que outras observações podem ser feitas sobre a obra?   

R:Essa é uma obra ideológica, no sentido da concretizaçãodos ideais políticos da época.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            

 

 

Graciliano Ramos-2B


Graciliano Ramos Parte II

Karina
kelly
Kelvia
Maria Aline Mesquita
Talita 

 
 
1- Protagonista: Paulo Honório e Madalena
 
Anatogonista: NÃO LOCALIZADO
 
Demais personagens: velho Padilha, Ribeiro, Luís Padilha, juiz Dr. Magalhães, D. Marcela, Padre Silvestre,
tia Glória, Mestre Caetano e a Rosa, Padilha, Gondim e D.Glória
 
1.2- Paulo Honório era um homem ciumento, que desconfiava de tudo e todos.
  Madalena era uma mulher fiel, que não aceitava as desconfianças do seu esposo.
 
1.3- sim! Ocorre falando defeitos e qualidades de cada personagem
 
1.4- Sim! Tendo como exemplo Paulo Honório que era caracterizado pelo seu ciume, e a insegurança consigo mesmo
 
1.5-  Paulo Honório um homem ciumento e Madalena uma mulher fiel
 
1.6- Completaram dois anos de casados. Daí por diante, Paulo começou a sentir ciúmes de sua esposa. Tinha uma certa desconfiança de todos os amigos. Observava o filho que nada tinha de parecido com ele. Ele só queria saber se sua esposa lhe era fiel. Se fosse, ele a faria a mulher mais feliz do mundo. A situação foi-se agravando. Paulo Honório desconfiava até do padre e dos caboclos. Estava quase louco. À noite, ouvia passos e assobios que acreditava serem sinais. Não dormia. Madalena, nas conversas, mantinha-se serena. Só dizia que caso morresse de repente queria que dessem seus vestidos à família do Mestre Caetano e a Rosa; e os seus livros ao seu Ribeiro, Padilha e Gondim. Até que um dia se suicidou.
 
2- Enredo
 
Paulo Honório não sabia muito de seus pais nem de sua infância. Lembrava-se apenas de uma Margarida que vendia doces, a quem agora ele sustentava. Até os 18 anos trabalhou na enxada.
 
Depois de um tempo, cansado da antiga vida, resolveu morar na sua terra natal, Alagoas, já tencionando apropriar-se de São Bernardo.
 
Quando o velho Padilha [ dono das terras ] morreu, Paulo criou laços de amizade com seu filho Luís, logo emprestando-lhe dinheiro, tendo como garantia as terras. Paulo acabou por tomar-lhe São Bernardo com escritura e tudo o mais. No ano seguinte, Paulo teve que trabalhar muito.
 
Em uma de suas viagens a Maceió, encontrou um velho simpático chamado Ribeiro, guarda-livros da Gazeta. Resolveu levá-lo para a fazenda, já que a casa nova estava pronta.
 
Durante todo o tempo foi superando todos os obstáculos com meios lícitos e ilícitos.
 
Tudo começou a funcionar como Paulo queria e ele se tornava cada vez mais importante e respeitado. Alguns o criticavam, alegando que desejava possuir o mundo todo.
 
Paulo Honório mandou construir uma estrada, uma escola e uma igreja. Recebeu visita até do Governador. Depois mandou chamar Luís Padilha para ser professor na escola.
 
Uma ideia perseguia Paulo: a de se casar. Desejava um herdeiro para sua fazenda.
 
Numa noite, foi visitar o juiz Dr. Magalhães com a desculpa de um processo que estava em suas mãos, mas na verdade tinha interesse na filha do magistrado, D. Marcela. Chegando à casa do juiz encontrou muita gente e, entre outras pessoas, uma loirinha que o deixou impressionado, cuja tia encontrou mais tarde no retorno de uma viagem. A partir daí passou a frequentar a casa delas até que pediu Madalena em casamento.
 
Padre Silvestre os casou. A casa e a fazenda agradaram a Madalena e a sua tia Glória. Tudo corria bem.
 
Madalena teve um menino. Completaram dois anos de casados. Daí por diante, Paulo começou a sentir ciúmes de sua esposa. Tinha uma certa desconfiança de todos os amigos. Observava o filho que nada tinha de parecido com ele. Ele só queria saber se sua esposa lhe era fiel. Se fosse, ele a faria a mulher mais feliz do mundo. A situação foi-se agravando. Paulo Honório desconfiava até do padre e dos caboclos. Estava quase louco. À noite, ouvia passos e assobios que acreditava serem sinais. Não dormia. Madalena, nas conversas, mantinha-se serena. Só dizia que caso morresse de repente queria que dessem seus vestidos à família do Mestre Caetano e a Rosa; e os seus livros ao seu Ribeiro, Padilha e Gondim. Até que um dia se suicidou.
 
Enterram Madalena. Paulo mudou de quarto. D.Glória e Seu Ribeiro foram-se. Estourou a Revolução. Padilha e Padre Silvestre incorporam-se às tropas revolucionárias. O outro ano foi terrível. Tudo andava mal, mas Paulo parecia não se incomodar. Era um homem só. Viúvo há dois anos. Um homem acabado. Sem amor, sem dinheiro, sem nada que resolve escrever um livro sobre sua vida.
 
2.1- O principal motivo das intrigas é os Ciumes
 
2.2- É quando a Madalena se suicida
 
2.3- Sim!
 
3- Era um ambiente quente, cenario antigo, situação de tensão
3.1- Alagoas, em uma fazenda
3.2- sim! Paulo Honorio, que saiu da cidade onde foi criado, e volto para cidade natal
3.3- Ele amadureceu, mudou de vida, conheceu pessoas novas e casou-se
3.4- Era uma fazenda grande que agradava a todos. os recursos não são localizados no texto
3.5- Sim! Os detalhes, modernos
 
4- Graciliano Ramos
4.1- S. Bernardo
 
5-
5.1- Na epoca do Modernismo em 1922 a 1934 nao segundo Modernismo Brasileiro
5.2- Não!
5.3- As mazelas e desigualdades do Nordeste Brasileiro foram o fermento da retomada da atitude crítica do
Realismo/Naturalismo, enriquecida com o instrumental analítico das novas teorias psicológicas
5.4- O ritmo rápido da narrativa é substituído pelos compassos lentos de uma reflexão problematizadora, difícil e tortuosa
 
6-
6.1- O foco narativo, é passar para os leitores, que o ciume pode distruir um relacionamento, tanto com o termino do casamento ou com a morte.
   narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem.
6.2- Na página 9, 3 parte, 1 paragrafo (discurso Direto)
página 11, segundo paragrafo (discurso indireto)