segunda-feira, 16 de março de 2015

Literatura Africana



Sugestão do Livro Didático De Português:
1. Realize uma pesquisa sobre os cinco países africanos que têm o
português como língua oficial, buscando informações sobre sua
história, sua atual situação econômico-social, sua cultura e,
particularmente, os vínculos históricos com o Brasil.
R:

Angola
História: Os habitantes originais de Angola foram caçadores Khoisan

dispersos e pouco numerosos. A expansão dos povos banto, vindos do

Norte a partir do século X a.C, forçou os Khoisan a recuar para o Sul

onde grupos residuais existem até hoje, em Angola (ver mapa étnico),

na Namíbia e no Botsuana. Os bantos eram agricultores e caçadores. Sua

expansão se deu em grupos menores, que se relocalizaram de acordo com

as circunstâncias político-económicas. Entre os séculos XIV e XVII,

uma série de reinos foi estabelecida, sendo o principal o Reino do

Congo.

Cultura: a presença constante da dança no quotidiano, é produto de um

contexto cultural apelativo para a interiorização de estruturas

rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto da criança

com os movimentos da mãe (às costas da qual é transportada), esta

ligação é fortalecida através da participação dos jovens nas

diferentes celebrações sociais (os jovens são os que mais se

envolvem), onde a dança se revela determinante enquanto factor de

integração e preservação da identidade e do sentimento comunitário.

Atual situação econômico-social e vínculos históricos com o Brasil: o

mercado de telecomunicações está em franca expansão no hemisfério sul

do globo. Com as grandes potências mundiais ainda em fase de

recuperação da crise financeira de 2008, países em desenvolvimento

encontram uma brecha para alavancar o setor, que vem crescendo

exponencialmente na Ásia, África e América Latina nos últimos anos.

O mais recente acordo em fase de negociação entre Angola e Brasil para

a implantação de cabos de fibra óptica submarinos que ligam os dois

países é um exemplo de como o setor de telecomunicações vem se

expandindo nos países do cone sul.

Angola, que até 2001 era uma um campo aberto de minas terrestres, tem

atualmente uma mina de oportunidades para empresas em diversos

setores. Os 27 anos em que permaneceu em guerra civil foram mais do

que suficientes para destruir a maior parte da infra-estrutura no

país. No entanto, desde o cessar fogo há exatos 10 anos, Angola vem

crescendo ferozmente e é um dos países mais promissores dentro da

África Subsaariana. Disputa acirradamente com a Nigéria o título de

maior produtor de petróleo e diamantes da África, e empresas de

construção civil, mineração e serviços vêem Angola como a menina dos

olhos do continente.

Apesar da fome pelo desenvolvimento e ampla gama de oportunidades, o

país ainda sofre com a miséria da maioria da população, que sobrevive

com US$1 por dia. O nível de corrupção também é estrondoso, e o grau

de dificuldade em se fazer negócios no país ainda é altíssimo,

resultantes de uma burocracia atrasada e barreira linguística.

No setor de telecomunicações, até hoje só existem duas operadoras de

telefonia móvel, e o grande monopólio da telefonia fixa é da Angola

Telecom, incumbente estatal e detentora da maioria das empresas de

telecom presentes no país.

O Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) espera, há alguns anos,

a aprovação pelo Ministério das Comunicações da abertura do concurso

para uma terceira operadora de telefonia móvel no país. Usuários

frequentemente reclamam da péssima qualidade da rede fixa e móvel,

além da lentidão dos serviços de dados e os altíssimos preços

praticados pelas operadoras (um plano corporativo de voz e dados pode

custar até US$3.600 por mês para uma empresa de pequeno porte).

Empresários e usuários demandam cada vez mais uma melhor rede, preços

mais justos e abertura do mercado para mais competidores, já que o

monopólio estatal ainda é visto como um dos maiores inibidores da

redução tarifária – é o governo quem detém os principais links nos

portos de desembarque dos cabos na costa angolana, bem como os loops

que estendem a conexão ao resto do país. Até hoje, não há interesse em

reduzir as taxas exorbitantes cobradas a outras operadoras para acesso

a esses links.

Apesar disso, o que se pode esperar é que tanto Brasil quanto Angola

sejam beneficiados com o cabo de fibra óptica que ligará os dois

países, além da Nigéria e África do Sul através do link angolano.

Cabo que ligará Angola, África do Sul e Nigéria a América Latina é

iniciativa inédita em telecom.

O vínculo histórico entre Brasil e Angola é de longa data.

Culturalmente, angolanos adoram o Brasil e os brasileiros, que com a

proximidade da língua, associada ao jeito descontraído de ambos os

povos, constitui um forte aliado no fortalecimento das relações

comerciais.

Há diversas empresas brasileiras operando em Angola nos mais variados

setores, e a tendência é que essa relação só venha a ser beneficiada

futuramente com a disponibilidade de maior troca de informações em

tempo real.

Contudo, os benefícios dessa futura ligação só poderão ser desfrutados

por inteiro se grandes desafios forem superados.

Ainda é necessário construir estradas que liguem as principais cidades

da Angola a regiões mais remotas do país, onde sequer há postes de

eletricidade. Para isso, é preciso desativar muitas minas terrestres,

resquícios de um passado sombrio não tão distante. Muitos angolanos

caminham quilômetros até o quiosque mais próximo para fazer chamadas

de telefones celulares, e usar computadores conectados a eletricidade

através de geradores móveis de energia. E a grande maioria da

população não dispõe de renda suficiente para considerar celulares e

computadores como sendo necessidades básicas em seu cotidiano.

Apesar de todos esses desafios presentes em Angola, o cenário futuro é

promissor.

Multinacionais de serviços de telecomunicações presentes no país já

treinam alguns talentos locais no exterior, uma espécie de

benchmarking in loco. Isso resultará numa mão de obra qualificada e

preparada a atender a alta demanda por serviços de telecomunicações

cada vez mais avançados, impulsionada pela crescente presença de

empresas multinacionais e expatriados de países desenvolvidos,

acostumados a serviços modernos, conexão veloz e ausência de latência.

Não há dúvidas de que a Portugal Telecom – fortemente presente em

Angola por meio da Unitel (operadora de telefonia móvel líder de

mercado), detém 25% da, MSTelcom (a maior concorrente da Angola

Telecom), e agora no Brasil com a recente entrada na Oi – será uma das

maiores beneficiadas nessa estratégia que visa aproximar os dois

países tecnologicamente.

No entanto, precisamos enxergar além do horizonte a nossa frente, e

entender que a ligação entre o Brasil e Angola através de cabos

submarinos pode ser o indício de uma grande evolução em termos de

tecnologia da informação e comunicação.



Moçambique



História: A área territorial que hoje corresponde a Moçambique é

habitada desde o séc. V a.C. Os povos de língua banta estabeleceram-se

no país antes do ano 100 d.C., e os árabes viveram na área por volta

do séc. IX. Os exploradores portugueses entraram em Moçambique pela

primeira vez em 1497. Em 1505, estabeleceram uma feitoria na região.

Desde então, o país tornou-se um centro de comércio de escravos.

Ao longo dos anos, a dominação portuguesa foi ameaçada por árabes,

africanos e algumas nações européias. Em 1885, Moçambique foi

reconhecido como colônia portuguesa. As fronteiras estabelecidas em

1891 são semelhantes aos limites atuais do país.

As cidades e as ferrovias foram construídas no final do séc. XIX e

início do séc. XX, época em que a população portuguesa também

aumentou.

Cultura: Moçambique é reconhecido por seus artistas plásticos. A

música vocal moçambicana também impressiona os visitantes. A timbila

chope foi considerada Patrimônio Mundial.

Atual situação: em tempo de recessão, Moçambique apresenta valores

elevados do crescimento económico, que se manterão a médio prazo,

principalmente devido aos mega-projectos em torno do aproveitamento

dos recursos minerais. A diversificação sectorial da economia,

relevante para o perfil exportador do país, relativamente concentrado,

incentivará o dinamismo da economia moçambicana, gerando um crescente

número de oportunidades.



São Tomé e Príncipe

Cultura: no folclore santomense são de destacar a sobrevivência de

dois autos renascentistas (século XVI): " A Tragédia do marquês de

Mântua e do Príncipe D. Carlos Magno", denominado localmente de

"Tchiloli" e o "São Lourenço" (por ser representado no dia deste

santo) e que é idêntico aos "Autos de Floripes" que ainda hoje é

representado na aldeia das Neves, perto de Viana do Castelo. A Cena

Lusófona editou um livro, Floripes Negra, em que Augusto Baptista,

ensaísta e fotógrafo, faz um levantamento sobre as origens do "Auto da

Floripes" e as suas ligações com Portugal.

História: exploradores portugueses descobriram as ilhas de São Tomé e

Príncipe em 1470, durante o período das grandes navegações. Por volta

de 1485, os portugueses começaram a enviar presos, exilados e

colonizadores para as ilhas.

Em meados do séc. XVI, escravos da ilha de São Tomé se rebelaram

contra os donos das terras. Muitos desses proprietários abandonaram as

plantações, e a produção de açúcar diminuiu.

Naquela época, várias nações estavam envolvidas com o tráfico de

escravos africanos. A ilha de São Tomé tornou-se um grande centro de

comércio de escravos. Os negros eram capturados no continente

africano, levados para São Tomé e dali embarcados para o continente

americano e outras partes do mundo.

Durante os séc. XVII e XVIII, holandeses e franceses dominaram a ilha

de São Tomé, mas os portugueses a reconquistaram no séc. XIX. Nesse

período, começaram a plantar café e cacau nas duas principais ilhas,

usando trabalho escravo.

Portugal e a maioria dos outros países do mundo aboliram a escravatura

no séc. XIX. Os portugueses continuaram, contudo, a levar negros da

África continental para São Tomé e Príncipe como trabalhadores

contratados. Ainda assim maltratados, os negros se rebelavam de tempos

em tempos. Essas revoltas ocorreram desde o séc. XIX até meados do

séc. XX.

Na década de 1950, muitos habitantes de São Tomé e Príncipe começaram

a exigir o fim do colonialismo português. Os portugueses responderam

com intensa repressão, provocando centenas de mortes, desaparecimentos

e exílio de pessoas. Em 1959, foi criado o Movimento de Libertação de

São Tomé e Príncipe (MLSTP), que, com apoio dos países socialistas,

passou a lutar pela independência do país. Alguns anos depois em 1975,

finalmente o arquipélago foi descolonizado.

Atual situação: a economia de São Tomé e Príncipe tem-se baseado na

aposta no turismo para o seu desenvolvimento, mas a recente descoberta

de jazidas de petróleo nas suas águas abriu novas perspectivas para o

futuro



Cabo Verde



História: o arquipélago foi descoberto por navegadores portugueses em

cerca de 1460. Naquela ocasião, as ilhas eram desabitadas e os

portugueses começaram a colonizá-las, alguns anos mais tarde. Nos

séculos XVI e XVII, o tráfico de escravos tornou-se a atividade

comercial mais importante das ilhas. Em meados do séc. XIX,

registrou-se uma melhoria nas condições econômicas do país, quando

Mindelo tornou-se importante porto de reabastecimento dos navios que

cruzavam o Atlântico.

Portugal governou Cabo Verde e a atual Guiné-Bissau, em conjunto, até

1879, quando passaram a formar duas colônias separadas. Em 1951, Cabo

Verde tornou-se província ultramarina de Portugal, e a polpulação

passou a ter um desempenho mais atuante no governo do arquipélago. O

Partido Africano para a Independência de Guiné-Bissau e Cabo Verde

(PAIGC) lutou para derrubar o domínio português nos dois países, de

meados da década de 1950 até 1975, quando Cabo Verde se tornou uma

nação independente. Um dos objetivos do partido era promover a

unificação dos países sob um único governo. Essa idéia foi abandonada,

após a destituição violenta do governo da Guiné-Bissau do

cabo-verdiano Luís Cabral, em 1980. Nesse mesmo ano, a parte

cabo-verdiana deixou o PAIGC e formou o Partido Africano da

Independência de Cabo Verde (PAICV), reafirmando sua orientação

socialista.

Em 1990, o governo permitiu a formação de novos partidos políticos e

convocou eleições legislativas, formando uma Assembléia Constituinte.

Em 2001, o PAICV conquistou a maioria das cadeiras do Parlamento, e

José Maria Neves tornou-se primeiro-ministro. Nesse mesmo ano, Pedro

Pires venceu as eleições para presidente.

Cultura: a cultura de Cabo Verde é uma mistura da cultura africana com

a cultura europeia. Cabo Verde tem sobretudo um vasto espectro de

músicas, músicas que reflectem as diversas origens da população

cabo-verdiana.

Atual situação: este país lusófono está muito dependente das

importações de energia e alimentos, dois setores onde existe um grande

défice entre o consumo e a produção. Esta situação decorre não somente

do facto de o país ter solos muito pobres e escassas capacidades de

produção de energia, mas também de ser a Economia mais tercializada de

todo o espaço económico lusófono com mais de 70% do PIB pertencem ao

setor do Turismo (Portugal, outro país lusófono severamente

tercializado retira do Turismo apenas 13% do PIB). As remessas dos

emigrantes (a maioria dos caboverdianos vivem fora do seu país)

compensam contudo este défice comercial que um débil setor industrial

(têxteis, calçado e pescas) não consegue ter um peso significativo.

Apesar destas limitações, a estabilidade governativa, a boa governança

e o crescimento do investimento direto estrangeiro, tornam Cabo Verde

no país africano lusófono com melhores perspetivas de desenvolvimento

económico e social a curto prazo.



Guiné-Bissau



História: muitas tribos de negros africanos viviam no que é hoje

Guiné-Bissau antes da chegada dos exploradores portugueses, em 1446.

Do séc. XVII ao XIX, os portugueses usaram o lugar como base para o

comércio de escravos. A região tornou-se colônia lusitana, chamada

Guiné Portuguesa, em 1879. Em 1951, foi transformada em província

ultramarina de Portugal. No período posterior à Segunda Guerra

Mundial, muitos movimentos de independência surgiram em toda a África.

Em 1956, os líderes nacionalistas africanos da Guiné Portuguesa

fundaram o Partido Africano pela Independência da Guiné e de Cabo

Verde (PAIGC). Amílcar Cabral chefiou o partido de 1956 a 1973, quando

foi assassinado. No início da década de 1960, o PAIGC treinou muitos

agricultores da Guiné Portuguesa nas táticas de guerrilha.

A guerra pela independência começou em 1963. Cinco anos depois, o

PAIGC controlava cerca de dois terços da província. Os habitantes

dessas áreas elegeram a primeira Assembléia Nacional Popular em 1972.

No ano seguinte, a Assembléia declarou que a província era um país

independente, chamado Guiné-Bissau. Luís Cabral, um dos líderes do

PAIGC e irmão de Amílcar Cabral, foi o primeiro presidente do país. A

guerra terminou em 1974, quando Portugal reconheceu a independência de

Guiné-Bissau.

Logo que assumiu a Presidência de Guiné-Bissau, Luís Cabral começou a

instalar um regime de inspiração soviética. Mas, em 1980, foi deposto

por um golpe de Estado liderado pelo general João Bernardo Vieira. O

PAIGC, que vinha trabalhando para a unificação do governo de

Guiné-Bissau e das ilhas de Cabo Verde, ficou dividido após o golpe.

Posteriormente, ocorreu a separação definitiva entre o PAIGC da

Guiné-Bissau e o de Cabo Verde.

Em 1990, como conseqüência do esfacelamento do bloco soviético, teve

início o processo de abertura política de Guiné-Bissau. Em maio de

1991, uma dissidência do PAIGC formou o Partido da Renovação e do

Desenvolvimento (PRD). Em 1994, o PAIGC obteve a maioria das cadeiras

na Assembléia Nacional, e João Bernardo Vieira foi eleito presidente.

Em face da vitória do partido, Manuel Saturnino da Costa foi indicado

primeiro-ministro.

Em 7 de junho de 1998, ocorreu uma rebelião militar de tropas

comandadas pelo general Ansumane Mané. Ex-chefe das Forças Armadas,

Mané fora oficialmente afastado do cargo sob a acusação de

contrabandear armas para guerrilheiros separatistas de Casamance, uma

ex-colônia portuguesa anexada pelo vizinho Senegal.

Com o tempo, os combates tornaram-se mais intensos. As tropas rebeldes

tomaram várias posições importantes, até mesmo o aeroporto da capital.

O governo buscou auxílio nos países vizinhos a fim de sufocar a

rebelião.

Em 1999, Vieira foi deposto pelo general Ansumane Mané, que instalou

Malam Bacai Sanha, do PAIGC, como presidente provisório. Nas eleições

de novembro daquele ano, o Partido para a Renovação Social (PRS)

conseguiu a maioria das cadeiras da Assembléia Nacional. Em janeiro de

2000, Kumba Yala, do PRS, venceu o segundo turno das eleições

presidenciais. Meses depois, Ansumane Mané foi morto pelas tropas do

governo após uma tentativa fracassada de golpe. Em março de 2001, Yala

demitiu o primeiro-ministro Caetano N'Tchama e escolheu Faustino

Imbali para substituí-lo. Em dezembro do mesmo ano, Alamara Ntchia

Nhassé assumiu o cargo de primeiro-ministro.

Em novembro de 2002, o Legislativo foi dissolvido pelo presidente

Yala, e Mário Pires tomou posse como primeiro-ministro, tornando-se o

quarto ocupante do cargo desde 2000. Ele deverá chefiar o Executivo

até março de 2003, data de previsão das próximas eleições.

Cultura: as diferenças étnicas e linguísticas produziram grande

variedade a nível da dança, da expressão artística, das profissões, da

tradição musical, das manifestações culturais. A dança é, contudo, uma

verdadeira expressão artística dos diversos grupos étnicos. Os povos

animistas caracterizam-se pelas belas e coloridas coreografias,

fantásticas manifestações culturais que podem ser observadas

correntemente por ocasião das colheitas, dos casamentos, dos funerais,

das cerimónias de iniciação. O estilo musical mais importante é o

gumbé. O Carnaval guineense, completamente original, com

características próprias, tem evoluído bastante, constituindo uma das

maiores manifestações culturais do País. O músico José Carlos Schwarz

é ainda hoje considerado um dos maiores nomes de sempre da música

guineense.

Atual situação: o país vem passando por momentos difíceis, sendo

assim, devem havem melhorias em várias áreas, entre elas podemos

citar: ambiente propício a construção da paz, estabilidade e de boa

governação; direitos do cidadão, a convivência democrática, a

Constituição da República, a separação de poderes, a independência das

instituições, diferentes camadas populacionais e sociais nas tomadas

de decisão ao nível local sobretudo aquelas que dizem a respeito a

suas vidas, seua problemas e suas necessidades básicas; estratégias de

redução da pobreza e dos factores de exclusão social; produção e do

rendimento individual, familiar e comunitário/colectivo; a promoção de

políticas que favoreçam a equidade e justiça social entre homens e

mulheres como condição previa para o desenvolvimento durável orientado

para pessoas.

Vinculo com o Brasil: atualmente o Brasil e Estados Unidos assinaram

outro memorando para renovar a colaboração bilateral no campo

educativo, com ênfase, segundo Amorim, na "qualidade" da educação e na

"tecnologia".



3. Pesquise e discuta os índices que mostram as profundas

desigualdades socioeconômicas que ainda afetam a população

afrodescendente no Brasil.

R: A desigualdade socioeconômica dos negros no Brasil, ou melhor, a

marginalização, não é apenas produto da herança do escravismo, mas

também reflexo das oportunidades desiguais de ascensão social. Como

constata Heringer (2007): a construção e manutenção das desigualdades

raciais tem como ponto de partida a escravidão, mas, durante as

últimas quatro décadas tais desigualdades foram se cristalizando e se

reproduzindo, através de mecanismos sociais, políticos, culturais,

econômicos e institucionais, contribuindo para a manutenção dos

privilégios raciais existentes em nosso país.

As ações afirmativas são uma barreira eficaz à progressão do racismo e

das desigualdades sociais nele alicerçadas. Por isso, derrubá-las é

uma necessidade de todo projeto conservador de sustentação de um

status quo baseado na dominação hegemônica de uma raça sobre a outra,

e da supremacia social de uma classe sobre todas as outras.




FARACO,CA. Português:língua e cultura.Volume único, Curitiba : Base Editora,2003.

Fontes: wikipedia.org, suapesquisa.com, caladaweb.com
Pesquisa feita por Débora Lima


A Moreninha no Youtube



Entre no site  www.youtube.com, clique em movies e assista ao filme completo : A Moreninha.












quarta-feira, 11 de março de 2015

A Moreninha : livro x filme

2A,B,C,D -2015


Observe antes de responder às perguntas as datas abaixo:


1844- publicação do livro.
1970- produção do filme.
1913-1980- Vinicius de Moraes.




1- Quais características românticas podem ser percebidas no filme apresentado, A Moreninha?




2- Qual era o sistema de governo político da época da escrita do livro e da produção do filme?


3- Vinicius de Moraes foi citado no filme na fala " Desculpem-me as feias, mas a beleza é fundamental". Segundo o contexto de época do livro, o que há de semelhante entre a fala e a escola literária do livro , bem como a lógica de  tal fala naquele contexto de produção do livro?






4- A aposta feita entre os estudantes Felipe e Augusto no filme, de produzir um filme quem  não a vencesse  condiz  com a época  da produção do livro?




Perguntas elaboradas pela prof.ª Vera Lúcia Grando

A Moreninha

Resumo
O romance A Moreninha conta a história de amor entre Augusto e D. Carolina (a moreninha). Tudo começa quando Augusto, Leopoldo e Fabrício são convidados por Filipe para passar o feriado de Sant’Ana na casa de sua avó. Os quatro amigos estudantes de medicina vão para a Ilha passar o feriado e lá encontram D. Ana, a anfitriã, duas amigas, a irmã de Filipe, D. Carolina e suas primas Joana e Joaquina. Antes de partirem Filipe havia feito uma aposta com Augusto: se este voltasse da Ilha sem ter se apaixonado verdadeiramente por uma das meninas, Filipe escreveria um romance por ter perdido a aposta. Caso se apaixonasse, Augusto é quem deveria escrevê-lo.
Augusto era um jovem namorador e inconstante no amor. Fabrício revela a personalidade do amigo a todos num jantar, o que faz Augusto ser desprezado pelas moças, menos por Carolina. Sentindo-se sozinho, Augusto revela a D. Ana, em uma conversa pela Ilha, que sua inconstância no amor tem a ver com as desilusões amorosas que já viveu e conta um episódio que lhe aconteceu na infância. Em uma viagem com a família, Augusto apaixonou-se por uma menina com quem brincara na praia. Ele e a menina ajudaram um homem moribundo e, como forma de agradecimento, o homem deu a Augusto um botão de esmeralda envolvido numa fita branca e deu a menina o camafeu de Augusto envolvido numa fita verde. Essa era a única lembrança que tinha da menina, pois não havia lhe perguntado nem o nome.
O fim de semana termina e os jovens retornam para os estudos, mas Augusto se vê com saudades de Carolina e retorna a Ilha para encontra-la. O pai de Augusto, achando que isso estava atrapalhando seus estudos, proíbe o filho de visitar Carolina. Depois de um tempo distantes, Augusto volta a Ilha para se declarar a Carolina. Mas ela o repreende por estar quebrando a promessa feita a uma garotinha há anos atrás. Augusto fica confuso e preocupado, até que Carolina mostra o seu camafeu. O mistério é desfeito, e, para pagar a aposta, Augusto escreve o livro A Moreninha

Contexto

Sobre o autor
Joaquim Manoel de Macedo é um médico que nunca exerceu a profissão, pois dedicou sua vida à literatura. Tornou-se o autor mais lido no Brasil de sua época, sua obra representava a classe média carioca que habitava a corte em meados do século XIX.
Importância do livro O romance A Moreninha é considerado o primeiro romance romântico brasileiro. Apresenta uma linguagem simples, um enredo que prende o leitor com algum suspense e um final feliz típico dessa fase do movimento do Romantismo. A obra remonta o cenário da alta sociedade carioca em meados do século XIX. Joaquim Manuel de Macedo ganhou notoriedade na corte carioca, pois a obra caiu no gosto do público.

Análise

O romance A Moreninha é um clássico da nossa literatura e representa a narrativa romântica com características nacionais. O Romantismo, como grande parte dos movimentos literários, tinha força na Europa. A obra de Joaquim Manuel de Macedo dá os primeiros passos para o Romantismo tipicamente brasileiro.
A obra mostra os costumes e a organização da sociedade que se formava no século XIX no Rio de Janeiro: os estudantes de medicina, os bailes, a tradição da festa de Sant’Ana , o flerte das moças etc. Também está presente a cultura nacional, através da lenda da gruta, em que  o choro de uma moça que se apaixonou por um índio e não foi correspondida se transforma na fonte que corre na gruta.
O livro A Moreninha está disponível para download.
A idealização do amor puro, que nasce na infância e permanece apesar do tempo, é uma das principais características que enquadram a obra como romântica. Além disso, a menção à tradição religiosa (festa de Sant’Ana), o sentimentalismo e caracterização da natureza através da ilha, da gruta e do mar contribuem para montar o cenário do amor romântico entre Augusto e Carolina. 
A linguagem da obra é simples, com a presença do popular. O narrador é onisciente, em terceira pessoa. O romance se desenrola em três semanas e meia, em tempo cronológico. A leitura leve, o suspense presente no decorrer do romance e o final feliz fizeram da obra uma referência, que teve repercussão não só na época de sua escrita, como também é lida até hoje.

Personagens

- Filipe: estudante de medicina, amigo de Augusto. Faz o convite aos colegas para passarem o feriado na casa de sua avó.
- Leopoldo: o mais animado dos amigos de Augusto, também estudante de medicina.
- Fabrício: é prático e um tanto mesquinho quando se trata de relacionamentos. Pede ajuda a Augusto para livrar-se de Joaquina.
- Augusto: é volúvel e inconstante nos relacionamentos amorosos. Apaixona-se facilmente, mas dura pouco, por isso afirma nunca ter amado. Apesar da inconstância, é romântico. Pois não engana as moças, apenas é volúvel.
- Joana: prima de Filipe. Tem dezessete anos, cabelos e olhos negros, é pálida.
- Joaquina: prima de Filipe. Tem dezesseis anos, é loura de olhos azuis e tem faces cor-de-rosa.
- D. Ana: avó de Filipe. Dona da casa na ilha, senhora amável de sessenta anos que nutre um carinho especial pela neta (a Moreninha) que criou após ter ficado órfã.
- Moreninha: irmã de Filipe. Menina de quatorze anos, travessa, engraçada e impertinente.
- D. Violante: uma senhora amiga de D. Ana. Era inconveniente e chateou Augusto com lamentações e assuntos de doenças.


Fonte: globo.com.  Educação,Literatura.

domingo, 1 de março de 2015

Pesquisa - Alunos dos 2ºs anos do Ensino Médio

Para pesquisar no primeiro bimestre:


1- O que foi o Naturalismo no mundo?
2- Como foi o Naturalismo no Brasil?
3- O Naturalismo em " O Cortiço", de Aluísio Azevedo.
4- Biografia de Aluísio Azevedo.
5- Vocabulário.