terça-feira, 27 de julho de 2010

Memórias de um Sargento de Milícias



Trabalho em durepox, sobreposto em isopor, exposto na Mostra Cultural 2010 da Escola Caetano de Campos.

Autora: Bruna Aparecida de Jesus Papeschi.






Capa do Livro reproduzida pelo aluno Danilo Oliveira Santos

























HISTÓRIA EM QUADRINHOS

AUTORES: Mayra Orneiro De Carvalho Guião
Tiago Cardoso De Souza







Imagem de texto 1-




PROJETO DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO: ENSINO MÉDIO
Profª Drª Vera Lúcia Grando

OBJETIVOS: Fazer leitura interdisciplinar do livro de Manuel Antonio de Almeida, Memórias de um Sargento de Milícias,em que sejam contempladas as várias realidades sociais de um período histórico comparadas às atuais.
SUJEITOS: Alunos do Ensino Médio da Escola Caetano de Campos- Aclimação, das 1ªs séries A,D,F,G e das 2ªs séries D,E,F.
METODOLOGIA: Foram distribuídos um livro para cada aluno em abril/maio de 2010 para que o lessem em um primeiro momento. A seguir serão distribuídos temas a serem pesquisados a partir de junho/julho pelos alunos com a orientação da professora Vera Lúcia Grando,de Língua Portuguesa , que visa à adesão de colegas de outras disciplinas , coordenação,diretoria e comunidade. O final do trabalho deverá culminar com a mostra cultural da escola em 2010.

RESULTADOS: Integração de grupos diversos, de classes , professores e comunidade; interação humana ; aquisição de conhecimentos variados; consciência de facetas setorias desconhecidas e aplicáveis; inovação na maneira de manusear o texto literário.


TEMAS DE PESQUISA : UM POR CLASSE.
Data de entrega : 30/09/2010
1-NOME DO AUTOR DO LIVRO:
Classe: 1º F
Nome completo do participante:
1.1- Local de Nascimento:
1.2- Data de Nascimento:
1.3- Local de Morte:
1.4- Data da Morte:
1.5- Características Físicas:
1.6- Características Psicológicas/Comportamentais:
1.7- Atuação Profissional:
1.8- Obras publicadas:
1.9- Vida Familiar:
1.10- Vida Social:
1.11- Fatos que ocorreram no Rio de Janeiro desde o seu nascimento até a sua morte e fatos da atualidade no Rio:
1.12- Fatos que ocorreram no Brasil desde o seu nascimento até a sua morte e os fatos atuais no Brasil:
1.13- Fatos que ocorreram no Mundo desde o seu nascimento até a sua morte e fatos do mundo:
1.14- Alunos que encabeçam os grupos:
1.14.1- Gustavo (de 1 a 1.5)
1.14.2- Ione ( de 1.6 a 1.10)
1.14.3-Vitória ( 1.11)
1.14.4-Renato ( 1.12)

2-Livro Memórias de um Sargento de Milícias.
Classe: 1º G
Nome completo do participante:
2.1 –Número de capítulos:
2.2- Local em que foi publicado pela primeira vez:
2.3-Editora da primeira publicação:
2.4-Ano da primeira publicação:
2-5- Número de edições do livro até 2010:
2-6- Tiragens do livro até 2010:
2.7- Escola Literária a que pertence o romance .
2.8- Alunos que encabeçam os grupos:
2.8.1- Naama ( de 2.1 a 2.3)
2.8.2- Irenice ( de 2.4 a 2.6)
2.8.3- Ana Paula ( 2.7)


3- Estrutura Narrativa do livro:

Classe:2ºE
Nome completo de participante:
3.1-Personagens principais:
3.2- Personagens secundários:
3.3- Lugar(es) onde ocorrem os fatos:
3.4- Tempo cronológico da narrativa/exemplifique:
3.5-Tempo psicológico da narrativa/exemplifique:
3.6-Tempo cronológico entre ações/exemplifique:
3.7 -Voz do narrador/exemplifique( personagem/observador/onisciente):
3.8-Tipos de discurso/exemplifique(direto/indireto/indireto-livre):
3.9-Aquisição e perdas de objetos, posses, sentimentos entre as ações.Cite os trechos.
3.10-Resumo do Enredo:
3.11-Divisão de grupos:
3.11.1-Tamires- 3.1/3.2
3.11.2- Mariane- 3.3/3.4
3.11.3- Roger- 3.5/3.6
3.11.4- Mayra- 3.7/3.8
3.11.5-Angélica- 3.9/3.10

4- Descrição de Personagens:
Classe:2º F
Nome completo de participante:
4.1- Leonardo Pataca jovem :
4.1.1- Leonardo Pataca velho:
4.2- Maria Regalada jovem:
4.2.1 Maria Regalada velha:
4.3-Leonardo filho de Leonardo Pataca e Maria- Menino:
4.3.1- Leonardo filho-moço:
4.3.2- Leonardo filho adulto.
4.4- Luisinha:
4.5- Vidinha:
4.6-major Vidigal:
4.7- Padrinho de Leonardo filho:
4.8-Aquisição e perdas de características físicas e psicológicas ao longo da narrativa.
4.9- Semelhanças e diferenças entre as personagens Macunaíma, de Mário de Andrade e Leonardo em Memórias de um Sargento de Milícias):
4.10- Divisão de grupos:
4-10.1- Felipe- 4.1/4.1.1/4.2
4.10.2- Stefany - 4.2.1/4.3/4.3.1
4.10.3-Patrícia- 4.3.2
4.10.4-Mirianci-4.4/4.6
4.10.5- Fernando-4.5
4.10.6- Odimar-4.7
4.10.7- Danilo- 4.8
4.10.8-Dayme- 4.9

5-Descrição da linguagem do livro:
Classe 1ºA
Nome completo do participante:
5.1 – Situações diatópicas de falas de personagens que apontem se são urbanas ou rurais/exemplifique:
5.2- Situações diastráticas ( sócio-culturais) das falas de personagens/exemplifique abaixo:
5.2.1-Faixa etária:
5.2.1.1- Criança (masculino e feminino):
5.2.1.2-Adolescente/jovem(masculino e feminino):
5.2.1.3-Adulto (masculino e feminino):
5.2.1.4-Velho(masculino e feminino):
5.2.2-Nível de instrução:
5.2.2.1-Analfabeto:
5.2.2.2- Pouca instrução:
5.2.2.3-Fundamental:
5.2.2.4-Médio:
5.2.2.5-Superior:
5.2.3-Nível de linguagem:
5.2.3.1- Erudito( muito culto):
5.2.3.2-Culto (segue as normas da NGB/ABNT):
5.2.3.3-Comum (culto, porém com alguns desvios)
5.2.3.4-Coloquial ( muitos desvios gramaticais em relação à NGB)
5.2.3.5-Baixo-calão: (gírias,palavrões):
5.2.4-Setorial ( palavras específicas de uma área):
5.2.4.1-Cais:
5.2.4.2-Casa:
5.2.4.3-Policial:
5.2.4.4-Ciganos:
5.2.4.5-Barbearia:
5.3- Manipulação da linguagem ( induz,seduz, impõe ou tenta o outro a fazer/aceitar/acreditar algo):
5.3.1-Indução :
5.3.2-Sedução:
5.3.3-Imposição:
5.3.4-Tentação:
5.4-Características do estilo de época encontradas nos trechos do romance.(exaltação da natureza,dos símbolos nacionais, da pátria, herói, heroína, ultra-romantismo, visão condoreira,liberdade, nacionalismo,culto ao amor, à morte, saudades etc...)
5.5. Alunos responsáveis pelos grupos:
5.5.1- Marcos (de 5.1 a 5.2.1.3)
5.5.2- Bruna (de 5.2.1.4 a 5.2.2.5)
5.5.3- Juliana (de 5.2.3.1 a 5.2.3.5)
5.5.4- Leonardo (de 5.2.4.1 a 5.2.4.5)
5.5.5-Lais (de 5.3.1 a 5.3.4)
5.5.6- Nailson (5.4)

6-Entrevista sobre o livro no Parque da Aclimação:
Classe:1º D
Nome completo do participante:
6.1-Entrevistar no mínimo dez pessoas que estejam no Parque da Aclimação.
6.2-Utilizar caneta, papel se a entrevista for feita sem recursos de filmagens.Anotar exatamente a resposta que o entrevistado deu. Transcrever no computador e enviar para a professora ou entregar um cd registrado com todas as entrevistas.
6.3-Se a entrevista for somente gravada, transcreva no computador as falas dos entrevistados;entregue todas as entrevistas digitadas em um CD ou envie para a professora ou Coordenadora de Curso.
6.4- Se a entrevista for filmada, apenas entregue à professora uma cópia do filme para ser veiculado depois na exposição ou na internet.
6.5- As perguntas e respostas , se forem anotadas ou gravadas, devem aparecer no texto escrito em forma de diálogo, veja abaixo:
Entrevistador:
Entrevistado:
6.6- Pergunte ao informante se ele aceita contribuir com uma pesquisa da Escola Caetano de Campos da Aclimação.
6.7-Se ele aceitar, pergunte se ele não se importa de fornecer o seu nome completo. Em caso afirmativo você utiliza o nome completo na resposta da primeira pergunta e somente a forma Sr. ou Srª(primeiro nome da pessoa)nas demais perguntas.
6.8-No final da entrevista, agradeça a gentileza da contribuição e deseje-lhe uma boa tarde, manhã...
6.9-Perguntas:
6.9.1- Qual é a sua profissão?
6.9.2- O Senhor/a Senhora? Você já leu o livro romântico “Memórias de um Sargento de Milícias”? Em caso positivo,prossiga com a pergunta abaixo.
6.9.3- O que o senhor/a senhora/você tem a nos dizer a respeito desse livro?
6.9.4- GRUPOS -
6.9.4.1- Alana, Priscila,Paulo, Raquel, Felipe Alves,
6.9.4.2- Fernando ,Gabriela,Phelipe, Letícia, Rodrigo, Rainner,Phelipe.
6.9.4.3-Mayra, Ana Paula, Suelen, Vanessa,Fabiana, Jéssica,Raiane
6.9.4.4-Natalia, Alezandra,Cesar, Murilo,luis, Rhuan,
6.9.4.5- Wendel, Kauã, Felipe Aragão, Bruno, Marcelo


7-Teatralização do livro (partes/ inteiro)

Classe: 2D

7.1-Verificar com Maria do Carmo se vocês poderão utilizar a adaptação que ela fez do livro.
7.2- Preparar o roteiro caso Maria do Carmo não consiga finalizar a sua adaptação.
7.2.1-Cronometrar o tempo das falas.
7.2.2-Não escrever frases longas,pois são difíceis de serem memorizadas.
7.2.3-Indicar antes ou depois das falas os passos dos personagens.
7.3- Preparar,conforme a cena uma música que represente o contexto das falas. Alegria, tristeza, dor, sofrimento, esperança.
7.4-Preparar o cenário. Imagens do Rio Antiga, dos bairros citados, objetos da época,fotos da época.
7.5- Preparar as roupas da época.
7.6- Encenar por parte e juntar como se fosse um filme.
7.7- Escolher várias pessoas para representar o mesmo personagem. Assim, haverá apenas a troca de pessoas, mas a roupa usada estabelecerá ao público que se trata do mesmo personagem.
7.8- Observar os costumes da época, maneira de falar, de se vestir, comer.

8- ATIVIDADES PARA TODAS AS SÉRIES:
Escolher pelo menos uma atividade das atividades abaixo e entregar para nota.
Número de participantes :quatro.
Data de entrega: 31/08/2010.
8.1- Compor uma música para ser tocada , deve representar o livro ou alguma situação do livro.
8.2 – Compor letra de música para ser cantada em qualquer ritmo e que contenha um tema do livro.
8.3-Escolher um trecho do livro e fazer uma paródia (imitação com tom crítico ou satírico que faça lembrar o livro sem mencioná-lo).
8.4-Escolher uma parte do livro e elaborar um paráfrase ( dizer as mesmas coisas com outras palavras).
8.5- Escolher um trecho do livro e transformá-lo em estilos diversos: clássico grego, clássico romano, trovadoresco, humanista, clássico do renascimento, quinhentista, barroco, do arcadismo, realista, naturalista, simbolista, parnasiano, pré-moderno, modernista, surreal, pós-moderno.
8.6-Quadros de pinturas que lembrem passagens do livro.
8.7-História em quadrinhos do livro.
8.8- Resenha crítica do livro.
8.9- Levantamento da fauna da época do livro comparada à atual.
8.10- Levantamento da flora da época comparada à atual.
8.11- Nº de habitantes no Rio , Brasil, Mundo na época e na atualidade.
8.12- Aspectos geográficos da época e da atualidade no Rio .
8.13- Os objetos, instrumentos, quadros, roupas, meios de transportes da época,esculturas,arquitetura no Rio .
8.14- Faça esculturas de personagens com reciclado,ou pedra de sabão,ou argila,ou durepox.
8.15-Monte um jogo em que contenha ações do livro.
8.16-Faça um levantamento de perguntas aplicadas em vestibulares a respeito do livro.
8.17-Encontre termos da oração em trechos do livro (sujeito,predicado,predicativo do sujeito,do objeto,objeto direto e indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial).
8.18- Encontre orações coordenadas e orações subordinadas.
8.19- Faça um levantamento das energias utilizadas na época da narrativa do livro e na atualidade no Rio.
8.20- Temas livres elaborados pelo leitor/aluno/outros professores/outras classes.

9- Referências

ALMEIDA, Manuel Antonio. Memórias de um Sargento de Milícias.


RESULTADOS

A partir do mês de agosto começaram a surgir alguns trabalhos com resultados da proposta do projeto. Eles serão inseridos neste blog ao longo do semestre.


1A

Bruna Aparecida de Jesus Papeschi


O romance se passa no início do século XIX. Em uma viagem de navio, Leonardo-Pataca conhece Maria-da-Hortaliça. Na viagem, os dois se apaixonam, por meio de uma pisadela e um beliscão e, chegando no Brasil, Maria descobre que está grávida e os dois vão morar juntos. Desse relacionamento nasce um filho: Leonardo. Porém, anos depois, Leonardo-Pataca descobre que Maria o está traindo. Eles brigam e Maria foge de casa com o capitão de um navio. Com a separação, Leonardo-Pataca sai de casa e leva seu filho para ser criado pelo padrinho. O padrinho de Leonardo era um barbeiro que queria que o mesmo fosse padre, mas o menino não tinha a menor vocação, ao contrário, ele era muito travesso. O tempo passa e Leonardo se torna um malandro carioca: não possuía emprego e ficava vadiando. Porém, a sua vida muda quando conhece Luisinha, sobrinha de D. Maria, uma amiga do padrinho. Ele se apaixona por Luisinha, porém tem um rival, José Manuel, que está interessado na herança da moça. Com a ajuda de sua madrinha, uma parteira, eles afastam José Manuel de Luisinha. O padrinho de Leonardo morre e ele tem que voltar a viver com o pai (acaba não se dando bem com sua nova madrasta e, após uma discussão, foge de casa). Leonardo vai viver com um amigo em uma casa bastante agitada e com muita gente. Acaba se apaixonando por Vidinha. Porém, esse namoro não agrada aos dois primos de Vidinha que têm intenções de se casar com ela. Para tirar Leonardo do caminho, eles vão até o major Vidigal, o chefe de polícia, e acusam Leonardo de vadiagem. Vidigal prende Leonardo quando ele, Vidinha, e seus dois primos saem para um passeio noturno. Mas, no caminho até a casa de guarda, ele consegue fugir. Mais tarde, Leonardo arruma um emprego na Ucharia Real. Dessa forma, Vidigal não poderia prendê-lo. Mas ele se envolve com a mulher do toma-largura e é demitido e preso. Enquanto isso, José Manuel e Luisinha se casam, porém ele a trata muito mal. Vidinha, com ciúmes de Leonardo, vai tomar satisfações com a mulher do "toma-largura". Mas, o que acaba acontecendo, é que o "toma-largura" se interessa por Vidinha. Enquanto isso, por saber muito sobre a vida marginal, Leonardo acaba virando policial . Porém, pelo seu gosto por travessuras, e muitas vezes pelo seu bom coração, acaba protegendo e ajudando os bandidos. Vidigal o prende. A comadre, em desespero, tenta de todas as formas conseguir a liberdade de Leonardo, mas não a obtém até conhecer Maria-Regalada, velho amor de Vidigal. Juntas, não só conseguem a libertação de Leonardo, como sua promoção a sargento e isso tudo vem em boa hora, já que com a morte de José Manuel, Luisinha, agora viúva, se casa com Leonardo (após se transferir para Sargento de Milícias) e tudo termina em um final feliz.









1D

Resumo do livro: Memórias de um Sargento de Milícias
cap. 2 e 5

Ana Paula Oliveira


"Quando o menino nasceu atormentava a vizinhança com um choro sempre em oitava alta, era colérico, tinha ojeriza particular á madrinha,pra ela ele não podia encarar e era estranho até não poder mais.
Começou a andar e falar se tornou uma flagela,rasgava e quebrava tudo que vinha a sua mão.Ele tinha uma paixão decidida pelo chapéu armado que era de Leonardo,era além de traquinas,guloso e quando não traquinava,comia. Maria não perdoava-o, trazia-o bem maltratada uma região do corpo mas ele não se emendava e também era teimoso,as travessuras recomeçava e mal acabava nas dores das palmadas e, então foi assim que ele chegou aos setes anos.
Leonardo começava a se arrepender seriamente de tudo que ele tinha feito por ela e com ela mas ele,tinha razão,porque podemos dizer depressa e sem mais cerimônias, havia ele desde certo tempo concebido fundadas suspeitas de que ele era atraiçoado.E alguns meses atrás tinha notado que um certo sargento passava muitas vezes pela porta, e,colocava os olhares curiosos através das rotulas:uma ocasião, recolhendo -se,parecera que o vira encostado a janela.Depois,começou a estranhar que um colega seu o procurava em sua casa, pra tratar de negócios do ofício,sempre em horas desencontradas:mas isto também passou em breve, mas finalmente aconteceu por três ou quatro vezes se esbarrassem junto de casa com o capitão do navio em que tinha vindo de Lisboa, e isso lhe casou sérios cuidados.
A vista disto nada a duvidar:o pobre homem perdeu,como se costumava a dizer,as estribeiras, ficou cego de ciúme , Leonardo se lembrou da lembrança do amor que aumentou- lhe a dor da traição e também o ciúme e a raiva possuído transbordaram em socos a Maria,que depois de uma tentativa inútil de resistência desatou a correr,a chorar e a gritar; quando,esmorecida a raiva o Leonardo pode ver alguma coisa do que o ciúme.


CAPÍTULO 5

Vidigal é um homem alto, não muito gordo, com ares de moleirão ele tinha o olhar sempre baixo, os movimentos lentos, e voz descansada e adocicada, mas apesar deste aspecto de mansidão, não se encontraria por certo homem apto para seu cargo, exército pelo modo que acabamos de indicar.
Uma companhia ordinariamente de granadeiros, às vezes, de outros soldados que ele escolhia nos corpos que havia na cidade armados todos de chibatadas,quem comandava era o major VIDIGAL, ele fazia toda ronda da cidade de noite. Não havia beco nem travessa, rua nem praça aonde ele não estivesse passado a sua sagacidade era percorrida e só o nome incutia grande terror em todos os que não tinham a consciência muito pura a respeito de falcatruas.
Os infelizes hesitaram um pouco, porém vendo que resistir seria inútil, começaram de novo as cerimônias,de que os soldados se riam, antevendo o talvez qual seria o resultado.Leonardo estava morrendo de vergonha, porque o VIDIGAL o conhecia.
Eles continuaram por tempos esquecidos, já estavam que não podiam se estafar,o Leonardo ajoelhado ao pé da fogueira, quase que se desfazia o suor. Afinal o major deu-se de satisfeito, mandando que parassem,e sem alterar disse aos soldados:
-Toca, granadeiros. "





Minha opinião
A história do livro é muito interessante, mais ainda a história do sargento. Mostra quando ele nasceu, quando ele cresceu, como ele era e etc.






12/08/2010


Victor Ken Yamamoto

Resenha - Memórias de um Sargento de Milícias


O livro "Memórias de uma Sargento de Milícias" foi a única obra de Manuel Antônio de Almeida. Esse livro foi exposto por capítulos no jornal "Correio Mercantil".
O livro conta a vida de Leonardo, que vira um sargento de milícias no final da história, logo depois de ser libertado de um castigo o qual ele não merecia. O livro começa com Leonardo ainda pequeno, que era o capeta; quando vira adulto se apaixona pela filha de uma velha rica sendo que ela se casa com outro rapaz, mas ele morre e Leonardo é condenado a um castigo, graças a ajuda da velha rica ele é libertado e casa-se com a Luisinha que é filha da velha rica.
Memórias de uma Sargento de Milícias é um livro bem interessante, porque mistura romance com comédia, e se tornou uma das principais produções literárias do Brasil do século XIX.
Não nos atrai de imediato a mistura de romance e comédia, porque essa mistura não dá certo, e foi o que aconteceu com o livro de Manuel Antônio de Almeida. Tentando fazer que o livro contenha romance e comédia fez que ele acabasse não contendo romance e comédia. De modo que a obra se transformasse em uma coisa desinteressante.
Apesar de ser uma livro interessante para algumas pessoas e chatas para outras, é bom para se ler, porque é o tema do vestibular.





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1F
Kelly Fernanda Dos Anjos Oliveira
Ione Santos Soares
Maxwilker Cruz Santos

Exercício 1: (UFPR 2009)Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, tem merecido atenção dos críticos literários há bem mais de um século. Identifique, entre os trechos de críticas literárias a seguir, quais se referem a essa obra.
1. Essa obra é, dos seus primeiros livros, o que mais possui o ar de modernidade a que se referiu Barreto Filho, “deslocando o interesse do acontecimento objetivo para o estudo dos caracteres”, na linha portanto do romance psicológico a que se entregaria definitivamente, rompendo com a tendência ao romanesco tão em voga. (Adaptado de: COUTINHO, Afrânio. Estudo Crítico. p. 26.)2. Essa obra difere da maioria dos romances românticos, pois apresenta uma série de procedimentos que fogem ao padrão da prosa romântica. O protagonista não é herói nem vilão, mas um malandro simpático que leva uma vida de pessoa comum; não há idealização da mulher, da natureza ou do amor, sendo reais as situações retratadas; a linguagem se aproxima da jornalística, deixando de lado a excessiva metaforização que caracteriza a prosa romântica. (Adaptado de: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens, vol II, p. 182.)3. [...] o distanciamento cronológico dessa obra é de poucos anos, o que autoriza classificá-la antes de novela de memórias que histórica. Donde o argumento, que o escritor ouviu de um colega do “Correio Mercantil”, de ostentar características de documento de uma fase histórica do Rio de Janeiro, porventura ainda vigente na altura em que a narrativa foi elaborada. Desse teor documental nasce o realismo que perpassa [...] toda a obra: um realismo instintivo, quase de reportagem social, a que faltam apenas arquitraves científicas para se transformar no Realismo ortodoxo da segunda metade do século XIX. (Adaptado de: MOISÉS, Massaud, A literatura brasileira através dos textos. p. 173.)4. É supérfluo encarecer o valor documental da obra. A crítica sociológica já o fez com a devida minúcia. Essa obranos dá, na verdade, um corte sincrônico da vida familiar brasileira nos meios urbanos em uma fase em que já se esboçava uma estrutura não mais puramente colonial, mas ainda longe do quadro industrial-burguês. E, como o autor conviveu de fato com o povo, o espelhamento foi distorcido apenas pelo ângulo da comicidade. Que é, de longa data, o viés pelo qual o artista vê o típico, e sobretudo o típico popular. (Adaptado de: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. p. 134.)Referem-se à obra Memórias de um sargento de milícias os trechos:
A) 1, 2 e 3 apenas.
B) 2 e 4 apenas.
C) 1 e 4 apenas.
D) 2, 3 e 4 apenas.
E) 1, 2, 3 e 4.
resposta: D

A opinião de nosso grupo é que no livro Memórias de um Sargento de Milícias, o personagem principal não é héroi nem vilão, mas um malandro simpático que leva uma vida de pessoa comum. É um romance engraçado, impossível não rir continuamente das inúmeras peripécias da vida de Leonardo(personagem principal),desde seu nascimento até o momento em que se torna sargento de milícias e se casa com Luisinha.

Vitoria Alves



Vejam acima Imagem de texto 1

BIOGRAFIA
AUTOR:ANTONIO MANUEL DE ALMEIDA
LIVRO:MEMÓRIA DE SARGENTO DE MELICIA

ESCRITOR, CRíTICO LITERÁRIO E JORNALISTA, MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA NASCEU A 17 DE NOVEMBRO DE 1831, NO RIO DE JANEIRO, NO BRASIL .
FILHO DE PORTUGUESES MODESTOS E ÓRFÃO DE PAI AOS 10 ANOS, O ESCRITOR TEVE UMA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA CARENTE .
COMEÇOU POR ESTUDAR BELAS-ARTES,MAS INSCREVEU –SE,EM 1849,NA FACULDADE DE MEDICINA, COMCLUINDO O CURSO EM 1855.
AS DIFICULDADES FINANCEIRAS CONDURIAM-NO AO JORNALISMO E AS LETRAS E , EM 1851,SUrGIU NA IMPRENSA CARIOCA , A tribuna Catolica ,com a tradução de um romance de Luis Fridel e também em revistas da cidade ,onde publicava as suas poesias. A partir de 1852,exerceu o cargo de redactor e revisor no suplemento literario do jornal Correio Mecantil.
Nesse mesmo jornal ,entre 1852 e 1853 , sob a forma de folhetins ,púbica o seu único romance Memórias de um Sargento de Milícias , com o pseudônimo Um Brasileiro.
Em 1854, foi publicado o 1º volume do romance e , um ano depois , o 2º volume. O seu livro ,que a crítica consagrou posteriormente como o primeiro urbano brasileiro,retrata o POVO HUMILDE E SOFREDOR ,COM O qual o autor contactou desde a infância ,através de uma linguagem coloquial,direta e com certo humor.
Manuel Antonio de Almeida ,considerado um escritor de transição entre o Romantismo e o Realismo , escreveu ainda o drama lírico Dois AMORES,varias crônicas ,criticas e textos jornalísticos .
Em 1858 , foi Administrador da Tipografia Nacional , tendo como aprendiz Machado de Assis.
Em 1859, foi nomeado 2º Oficial da Secretaria da Fazenda e , em1861,desejou candidatar-se a Assembleia Provincial do Rio de Janeiro , dirigindo – se a Campos para as consultas eleitorais.
A 28 de Novembro de 1861,Manuel de Almeida faleceu,vitima do naufrágio do vapor Hermes que se dirigia para Campos , no Estado do Rio .O escritor e patrono da cadeira nº 28 da Academia Brasileira de Letras .

Fonte:WWW.pt.wikipedia.org/

Opinião: Eu gostei muito da história do escritor, pois ele fez de si o próprio seu personagem .De acordo com o livro e bibliografia, não tinha pai e era pobre, sem bem financeiro . E, morreu muito jovem no naufrágio do navio Hermes.

2D
Catarina Carmo
Luana Ferreira da Silva
Maria Sabrina Pereira de Sá
Viviane Moreira Moreno


8.4- Escolha uma parte do livro e elaborar uma práfrase (dizer as mesmas coisas com outras palavras).
Livro: Memórias de um argento de Mílicias
Capítulo; XXIV.
A morte é juiz D. Maria foi imediatamente até sua casa, quando chegou, percebeu uma grande confusão, e logo perguntou do que se tratava. Um escravo lhe esperava com uma carta. Leu-a, mas não ficou triste apenas ficou confusa e logo foi em direção da casa de sua sobrinha.O caso era que Josè Manuel tinha sofrido um ataque e tinha sido levado para casa desarcordado, por causa de uma discussão com o procurador de D. Maria. E sem saber o que fazer, Luisinha mandou logo chamar sua tia.Logo que D. Maria chegou, conversou com o médico, que declarou que não havia mais nada a fazer.Quando disse que havia enviuvado, Luisinha começou a chorar, mas não porque o amava, mas sim porque era uma pessoa muito próxima dela. Havia alguns vizinhos e houve alguns comentários: "Não são lágrimas de viúva", e não eram mesmo, seu casamento nunca foi por amor e , sim por conveniência. Logo a noite, José Manoel deu o seu último suspiro.Os preparativos do enterro foram no dia seguinte. A comadre, que já sabia do ocorrido foi levar seus pêsames a viúva.O enterro saiu acompanhado do amigos, a vizinhança saiu toda às janelas, para análisar e dar opinião sobre as pessoas e , até do caixão.A comamdre havia prometido que seu afilhado vinha para dar os pêsames a viúva. Chegou a tarde e quando entrou em casa, todos foram surpreendidos, com Leonardo vestido com uniforme completo de sargento da companhia de granadeiros.Todos ficaram muito surpresos. Logo que chegou, começou a procura com os olhos a Luisinha, pessoa que tinha curiosidade de ver. Os dois não se viam há muito tempo, e se surpreenderam um com outro. Luisinha achou Leonardo um rapaz muito bonito, elegante dentro do seu uniforme de sargento. Leonardo achou Luisinha uma moça alta esbelta sem a vergona de antes. Além disso, sua cara de choro lhe dava uma beleza triste, coisa que não devia prender a atenção de um sargento qualquer, o coração dele ficou enternecido com aquela visão. E quando o dois se entreolharam, se passaram os acontecimentos de sua vida e finalmente, chegou a acanhada e ingênua cena de declaração a Luisinha e percebeu que aquela declaração seria mais acertada naquela hora.A comadre que estava atenta a tudo o que estava contecendo , quase lendo os pensamentos de Leonardo, relembrando todas aquelas cenas; quase saltitou de alegria, retomando um velho plano, em que muito trabalhava e as chances de se concretar haviam se elevado.Depois da emoção, Luisinha cumprimentou Leonardo ainda tìmida e ele a respondeu com um cumprimento militar.A comadre, que queria deixar os dois sozinhos, foi entreter a tia da viúva com o assunto da demanda que José Manuel deixou, D. Maria achou justo e que se agora morresse ficaria feliz em entregar as suas coisas para a menina. Nesse assunto a conversa foi se desenrolando.O casal, depois de um tempo em silêncio, pouco a pouco começaram a conversar, tão empenhadamente como se fosse D. Maria e a comadre, só que mais baixa e reservada.Depois do casamneto, Luisinha nunca tinha se divertido tanto em sua vida como quando estava conversando com Leonardo, enquanto saia o caixão de seu marido. Leonardo também, nunca tinha pensado que seria tão feliz num dia tão triste.E a comadre, mesmo conversanfo com D. Maria , pretava atenção em tudo.Chegou a hora da partida de Leonardo pois tinha que trabalhar. Só tinha ido mesmo para dar os pêsames e lhe agradecer o favor que D. Maria tinha lhe feito: interceder por ele com o major para que lhe soltasse e também o acesso de posto que tivera.De despedida, Luisinha estendeu a mão a leonardo que apertou com força, e naquele tempo esse simples gesto já era assunto para todo mundo falar.
Fonte:Livro: Memótias de um Sargento de Mílicias
Autor: Manoel Antônio de Almeida

Daniela Macedo
Jéssica Simone
Kareen Evelyn
Patrícia Carneiro


Projeto de Leitura e Interpretação


Declaração (Memórias de um Sargento de Milícias)


Meu ciúme quase consegue me matar.
E já é um costume meus sentimentos esnobar.
Eu e ele a lutar por seu amor.
Neste mundo obcecado e sem cor.
Não percebe que vivemos brigando por você.
E a guerra que tramamos, não conseguimos vencer.
Pois, se chegar ao fim, quem será o ganhador ?
Aquele que por você sentir mais dor ?
Já tive várias chances de me declarar.
Mas quando abro a boca, as palavras ficam no ar.
Pois minhas pernas tremem quando olho pra você.
E o que eu tinha pra falar começo a esquecer.
De repente, uma oportunidade surge para mim.
Acho que não vou conseguir ir até o fim.
Mas já que estou aqui, não posso desistir.
Sinto em meu peito o coração quase explodir.
Agora ouça muito bem o que eu vou dizer:
" Luisinha, eu gosto muito de você !"
Com o rosto vermelho, ela se irritou.
Foi dando meia volta e pra trás não olhou.
Queria um dia entender sua reação.
Mas estou com meu coração nas mãos.
Tentando regular o ar que ela consegue me tirar.
E sei que devo esperar um beijo seu ganhar !




Gabriele G. Zimmermann

Faça um levantamento de perguntas aplicadas em vestibulares a respeito do livro Memórias de um Sargento de Milícias.

1. (UFRS-RS) Leia o texto abaixo, extraído do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.

Desta vez porém Luizinha e Leonardo, não é dizer que vieram de braço, como este último tinha querido quando foram para o Campo, foram mais adiante do que isso, vieram de mãos dadas muito familiar e ingenuamente. E ingenuamente não sabemos se se poderá aplicar com razão ao Leonardo.”

Considere as afirmações abaixo sobre o comentário feito em relação à palavra ingenuamente na última frase do texto:

I. O narrador aponta para a ingenuidade da personagem frente à vida e às experiências desconhecidas do primeiro amor.
II. O narrador, por saber quem é Leonardo, põe em dúvida o caráter da personagem e as suas intenções.
III. O narrador acentua o tom irônico que caracteriza o romance.

Quais estão corretas?

a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas II e III
e) I, II e III

2. (UNESP) Os leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos no ar a respeito do afilhado, e pensando em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquele arranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos agora cumprir a promessa.
Se alguém perguntasse ao compadre por seus pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberia responder, porque nada sabia a respeito. Tudo de que se recordava de sua história reduzia-se a bem pouco. Quando chegara à idade de dar acordo da vida achou-se em casa de um barbeiro que dele cuidava, porém que nunca lhe disse se era ou não seu pai ou seu parente, nem tampouco o motivo por que tratava da sua pessoa. Também nunca isso lhe dera cuidado, nem lhe veio a curiosidade de indagá-lo.
Esse homem ensinara-lhe o ofício, e por inaudito milagre também a ler e a escrever. Enquanto foi aprendiz passou em casa do seu... mestre, em falta de outro nome, uma vida que por um lado se parecia com a do fâmulo*, por outro com a do filho, por outro com a do agregado, e que afinal não era senão vida de enjeitado, que o leitor sem dúvida já adivinhou que ele o era. A troco disso dava-lhe o mestre sustento e morada, e pagava-se do que por ele tinha já feito.

_____________________
(*) fâmulo: empregado, criado
(Manuel Antônio de Almeida,
Memórias de um sargento de milícias)

A condição social de agregado, referida no excerto, caracteriza também a situação de:

a) Juliana, na casa de Jorge e Luísa (
O primo Basílio).
b) D. Plácida, na casa de Quincas Borba (
Memórias póstumas de Brás Cubas).
(C) Leonardo (filho), na casa de Tomás da Sé (Memórias de um sargento de milícias).
d) Joana, na casa de Jorge e Luísa (
O primo Basílio).
e) José Manuel, na casa de D. Maria (
Memórias de um sargento de milícias).

3. (FUVEST) O enterro saiu acompanhado pela gente da amizade: os escravos da casa fizeram uma algazarra tremenda. A vizinhança pôs-se toda à janela, e tudo foi analisado, desde as argolas e galões do caixão, até o número e qualidade dos convidados; e sobre cada um dos pontos apareceram três ou quatro opiniões diversas. (Manuel Antônio de Almeida – Memórias de um sargento de milícias)
O trecho acima exemplifica uma das características fundamentais do romance que é:

a) o retrato fiel dos usos e costumes do Rio de Janeiro no segundo reinado.
b) o caráter mórbido dos personagens sempre envolvidos com a morte.
c) sentimentalismo comum aos romances escritos durante o Romantismo.
d) o destino comum do personagem picaresco: o seu encontro com a morte.
e) a descrição de fatos relacionados à cultura e ao comportamento popular.

4. 12. (FUVEST) Assinale a alternativa em que aparece fragmento que se refere ao protagonista deMemórias de um Sargento de Milícias.

a) "Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria;aborrecera-se porém do negócio e viera ao Brasil.Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado."
b) "Era o rei absoluto, o árbitro supremo de tudo que dizia respeito a esse ramo de administração: era o juiz que julgava e distribuía a pena."
c) "Quando passou de menino a rapaz, e chegou a saber barbear e sangrar sofrivelmente, foi obrigado a manter-se à sua custa."
d) "Era este um homem todo em proporções infinitesimais, baixinho, magrinho, de carinha estreita e chupada, excessivamente calvo, tinha pretensões de latinista."
e) "Digamos unicamente que durante todo este tempo o menino não desmentiu aquilo que anunciara desde que nasceu: atormentava a vizinhança."

5. (PUC-SP) Era a sobrinha de Dona Maria já muito desenvolvida, porém que, tendo perdido as graças de menina, ainda não tinha adquirido a beleza de moça: era alta, magra, pálida; andava com o queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a furto; tinha os braços finos e compridos; o cabelo, cortado, dava-lhe apenas até o pescoço, e como andava mal penteada e trazia a cabeça sempre baixa, uma grande porção lhe caía sobre a testa e olhos, como uma viseira.

O trecho acima é do romance
Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Dele pode afirmar-se que:

a) confirma o padrão romântico da descrição da personagem feminina, representada nesta obra por Luisinha.
b) exemplifica a afirmação de que o referido romance estava em descompasso com os padrões e o tom do Romantismo.
c) não fere o estilo romântico de descrever e narrar, pois se justifica por seu caráter de transição da estética romântica para a realista.
d) justifica, dentro do Romantismo, a caracterização sempre idealizada do perfil feminino de suas personagens.
e) insere-se na estética romântica, apesar das características negativas da personagem, que fazem dela legítima representante da dialética da malandragem.


Priscila Harumi

8 – Atividades para todas as séries :

8.16-Faça um levantamento de perguntas aplicadas em vestibulares a respeito do livro.
Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida

página 1 de 8 num total de 37 questões

1. (FUVEST) Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida:



a) Nele, como também em personagens menores, há o contínuo e divertido esforço de driblar o acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa sorte.



b) Este herói de folhetim se dá a conhecer sobretudo nos diálogos, nos quais revela ao mesmo tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.



c) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamente puro, a ilustrar a tese da "bondade natural", adotada pelo autor.



d) Enquanto cínico, calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral sempre emerge, condenado o prõprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.



e) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando os caminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimado.






2. (UFRS-RS) Leia o texto abaixo, extraído do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.“Desta vez porém Luizinha e Leonardo, não é dizer que vieram de braço, como este último tinha querido quando foram para o Campo, foram mais adiante do que isso, vieram de mãos dadas muito familiar e ingenuamente. E ingenuamente não sabemos se se poderá aplicar com razão ao Leonardo.”Considere as afirmações abaixo sobre o comentário feito em relação à palavra ingenuamente na última frase do texto:



I. O narrador aponta para a ingenuidade da personagem frente à vida e às experiências desconhecidas do primeiro amor.



II. O narrador, por saber quem é Leonardo, põe em dúvida o caráter da personagem e as suas intenções.



III. O narrador acentua o tom irônico que caracteriza o romance.Quais estão corretas?






a) Apenas I



b) Apenas II



c) Apenas III



d) Apenas II e III



e) I, II e III






3.(FUVEST) Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)






Glossário:1algibebe: mascate, vendedor ambulante.2 saloia: aldeã das imediações de Lisboa.3maganão: brincalhão, jovial, divertido.






Neste excerto, o modo pelo qual é relatado o início do relacionamento entre Leonardo e Maria



a) manifesta os sentimentos antilusitanos do autor, que enfatiza a grosseria dos portugueses em oposição ao refinamento dos brasileiros.



b) revela os preconceitos sociais do autor, que retrata de maneira cômica as classes populares, mas de maneiras respeitosa a aristocracia e o clero.



c) reduz as relações amorosas a seus aspetos sexuais e fisiológicos, conforme os ditames do Naturalismo.



d) opõe-se ao tratamento idealizante e sentimental das relações amorosas, dominante do Romantismo.



e) evidencia a brutalidade das relações inter-raciais, própria do contexto colonial escravista.






4. (FUVEST) Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença d serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)






Glossário:1algibebe: mascate, vendedor ambulante.2saloia: aldeã das imediações de Lisboa.3maganão: brincalhão, jovial, divertido.






No excerto, o narrador incorpora elementos da linguagem usada pela maioria das personagens da obra, como se verifica em:



a) aborrecera-se porém do negócio.



b) do que o vemos empossado.



c) rechonchuda e bonitona.



d) envergonhada do gracejo.



e) amantes tão extremosos.






5. (FUVEST) Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença d serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)






Glossário:¹ algibebe: mascate, vendedor ambulante.² saloia: aldeã das imediações de Lisboa.³ maganão: brincalhão, jovial, divertido.






No excerto, as personagens manifestam uma característica que também estará presente na personagem Macunaíma. Essa característica é a:



a) disposição permanentemente alegre e bem-humorada.



b) discrepância entre a condição social humilde e a complexidade psicológica.



c) busca da satisfação imediata dos desejos.



d) mistura das raças formadoras da identidade nacional brasileira.



e) oposição entre o físico harmonioso e o comportamento agressivo.

6. (FUVEST) Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença d serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)






Glossário:1algibebe: mascate, vendedor ambulante.2saloia: aldeã das imediações de Lisboa.3maganão: brincalhão, jovial, divertido.






O trecho "fazendo-se-lhe justiça" mantém o restante do período em que aparece uma relação de: a) causa.



b) conseqüência.



c) tempo.



d) contradição.



e) condição.






7. (UNESP) Os leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos no ar a respeito do afilhado, e pensando em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquele arranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos agora cumprir a promessa. Se alguém perguntasse ao compadre por seus pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberia responder, porque nada sabia a respeito. Tudo de que se recordava de sua história reduzia-se a bem pouco. Quando chegara à idade de dar acordo da vida achou-se em casa de um barbeiro que dele cuidava, porém que nunca lhe disse se era ou não seu pai ou seu parente, nem tampouco o motivo por que tratava da sua pessoa. Também nunca isso lhe dera cuidado, nem lhe veio a curiosidade de indagá-lo. Esse homem ensinara-lhe o ofício, e por inaudito milagre também a ler e a escrever. Enquanto foi aprendiz passou em casa do seu... mestre, em falta de outro nome, uma vida que por um lado se parecia com a do fâmulo*, por outro com a do filho, por outro com a do agregado, e que afinal não era senão vida de enjeitado, que o leitor sem dúvida já adivinhou que ele o era. A troco disso dava-lhe o mestre sustento e morada, e pagava-se do que por ele tinha já feito._____________________(*) fâmulo: empregado, criado (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)






Neste excerto, mostra-se que o compadre provinha de uma situação de família irregular e ambígua. No contexto do livro, as situações desse tipo:



a) caracterizam os costumes dos brasileiros, por oposição aos dos imigrantes portugueses.



b) são apresentadas como conseqüência da intensa mestiçagem racial, própria da colonização.



c) contrastam com os rígidos padrões morais dominantes no Rio de Janeiro oitocentista.



d) ocorrem com freqüência no grupo social mais amplamente representado.



e) começam a ser corrigidas pela doutrina e pelos exemplos do clero católico.






8. (UNESP) Os leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos no ar a respeito do afilhado, e pensando em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquele arranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos agora cumprir a promessa. Se alguém perguntasse ao compadre por seus pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberia responder, porque nada sabia a respeito. Tudo de que se recordava de sua história reduzia-se a bem pouco. Quando chegara à idade de dar acordo da vida achou-se em casa de um barbeiro que dele cuidava, porém que nunca lhe disse se era ou não seu pai ou seu parente, nem tampouco o motivo por que tratava da sua pessoa. Também nunca isso lhe dera cuidado, nem lhe veio a curiosidade de indagá-lo. Esse homem ensinara-lhe o ofício, e por inaudito milagre também a ler e a escrever. Enquanto foi aprendiz passou em casa do seu... mestre, em falta de outro nome, uma vida que por um lado se parecia com a do fâmulo*, por outro com a do filho, por outro com a do agregado, e que afinal não era senão vida de enjeitado, que o leitor sem dúvida já adivinhou que ele o era. A troco disso dava-lhe o mestre sustento e morada, e pagava-se do que por ele tinha já feito._____________________(*) fâmulo: empregado, criado (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)






A condição social de agregado, referida no excerto, caracteriza também a situação de:



a) Juliana, na casa de Jorge e Luísa (O primo Basílio).



b) D. Plácida, na casa de Quincas Borba (Memórias póstumas de Brás Cubas).



C) Leonardo (filho), na casa de Tomás da Sé (Memórias de um sargento de milícias).d) Joana, na casa de Jorge e Luísa (O primo Basílio).



e) José Manuel, na casa de D. Maria (Memórias de um sargento de milícias).






9. (PUC) Das alternativas abaixo, indique a que contraria as características mais significativas do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida:



a) Romance de costumes que descreve a vida da coletividade urbana do Rio de Janeiro, na época de D. João VI.



b) Narrativa de malandragem, já que Leonardo, personagem principal, encarna o tipo do malandro amoral que vive o presente, sem qualquer preocupação com o futuro.



c) Livro que se liga aos romances de aventura, marcado por intenção crítica contra a hipocrisia, a venalidade, a injustiça e a corrupção social.



d) Obra considerada de transição para um novo estilo de época, ou seja, o Realismo/Naturalismo.



e) Romance histórico que pretende narrar fatos de tonalidade heróica da vida brasileira, como os vividos pelo Major Vidigal, ambientados no tempo do rei.






10. (FUVEST) O enterro saiu acompanhado pela gente da amizade: os escravos da casa fizeram uma algazarra tremenda. A vizinhança pôs-se toda à janela, e tudo foi analisado, desde as argolas e galões do caixão, até o número e qualidade dos convidados; e sobre cada um dos pontos apareceram três ou quatro opiniões diversas. (Manuel Antônio de Almeida – Memórias de um sargento de milícias)






O trecho acima exemplifica uma das características fundamentais do romance que é:



a) o retrato fiel dos usos e costumes do Rio de Janeiro no segundo reinado.



b) o caráter mórbido dos personagens sempre envolvidos com a morte.



c) sentimentalismo comum aos romances escritos durante o Romantismo.



d) o destino comum do personagem picaresco: o seu encontro com a morte.



e) a descrição de fatos relacionados à cultura e ao comportamento popular.







11. (FUVEST) Memórias de um Sargento de Milícias não apresenta a idealização e sentimentalismo comuns ao Romantismo. É uma obra excêntrica, bastante diferente das narrativas dessa escola literária.






Assinale a alternativa em que se evidencia o anti-sentimentalismo, o distanciamento do lugar-comum romântico.



a) "Isto tudo vem para dizermos que Maria Regalada tinha um verdadeiro amor ao major Vidigal."



b) "Não é também pequena desventura o cairmos nas mãos de uma mulher a quem deu na veneta querer-nos bem deveras."



c) "O Leonardo estremeceu por dentro, e pediu ao céu que a lua fosse eterna; virando o rosto, viu sobre seus ombros aquela cabeça de menina iluminada."



d) "Sem saber como, unia-se ao Leonardo, firmava-se com as mãos sobre os seus ombros para se poder sustentar mais tempo nas pontas dos pés, falava-lhe e comunicava-lhe a sua admiração."



e) "Leonardo ficou também por sua vez extasiado; pareceu-lhe então o rosto mais lindo que jamais vira."






12. (FUVEST) Assinale a alternativa em que aparece fragmento que se refere ao protagonista de Memórias de um Sargento de Milícias.



a) "Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria;aborrecera-se porém do negócio e viera ao Brasil.Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado."



b) "Era o rei absoluto, o árbitro supremo de tudo que dizia respeito a esse ramo de administração: era o juiz que julgava e distribuía a pena."



c) "Quando passou de menino a rapaz, e chegou a saber barbear e sangrar sofrivelmente, foi obrigado a manter-se à sua custa."



d) "Era este um homem todo em proporções infinitesimais, baixinho, magrinho, de carinha estreita e chupada, excessivamente calvo, tinha pretensões de latinista."



e) "Digamos unicamente que durante todo este tempo o menino não desmentiu aquilo que anunciara desde que nasceu: atormentava a vizinhança."









13. (UNIBAN) Sobre Memórias de um Sargento de Milícias, só não se pode afirmar que:






a) A obra tem como protagonista um anti-herói de características picarescas, o que afasta o livro dos padrões de idealização românticos.



b) À parte a dimensão fantasiosa de que se revestem as peripécias de Leonardo, o livro pode ser considerado realista devido à análise crítica dos costumes da corte.



c) O final do protagonista é bem sucedido, visto que ele se curva ao universo da ordem e das regras sociais.



d) O livro não apresenta perspectiva moralista, pois o “herói malandro“ não é castigado, mas premiado, e o narrador não emite juízos de valor sobre o que narra.



e) A ausência de polarização maniqueísta entre o que é considerado correto ou incorreto, moral ou imoral, pode ser verificada na caracterização dos personagens, em que redomina o humor sobre a idealização.






14. (UNIBAN) Leia a seguinte afirmação crítica a respeito de Memórias de um Sargento de Milícias: “Diversamente de todos os romances brasileiros do século XIX, mesmo os que formam a pequena minoria dos romances cômicos, as Memórias de um Sargento de Milícias criam um universo que parece liberto do peso do erro e do pecado.“Assinale a alternativa que não apresenta um fato relacionado ao universo mencionado na afirmação acima:



a) Luisinha prometera casamento a Leonardo, o que não a impede de trair o juramento sem remorsos, casando-se com José Manuel.



b) A comadre forja uma calúnia para afastar do caminho José Manuel, antagonista de Leonardo, visando à felicidade do afilhado.



c) O mestre-de-reza vale-se de sua intimidade junto à casa de D. Maria para reverter a maledicência criada para denegrir José Manuel.



d) O patrimônio do compadre, que viria a servir de amparo ao afilhado abandonado, origina-se de um juramento rompido desonestamente.



e) Leonardo Pataca expulsa de casa o próprio filho, para depois dar-lhe abrigo, afastando-o da vida desregrada.






15. (CEFET-PR) Em relação à obra Memórias de um Sargento de Milícias, marque a alternativa correta:






a) O tempo dos acontecimentos que envolvem Leonardo Pataca e seu filho, Leonardo, éo mesmo em que o narrador escreve o romance.



b) A linguagem do romance é bem romântica, idealizando muito e sempre os fatos que serevelam sob um prisma enaltecedor.



c) A instituição familiar, especialmente, a família composta por Leonardo Pataca, Maria e o herói da narrativa é sobretudo burguesa, ordeira e sólida.



d) A Igreja, sobretudo a Católica, passa por um processo de idealização, emergindo como instituição inabalável, piedosa e principalmente voltada para a vida espiritual



.e) O cotidiano fluminense, simultaneamente devoto e profano, revela-se a partir de uma linguagem prosaica em que as festas religiosas são pintadas em parte como folias carnavalescas.

16. (FUVEST) Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida:






a) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando os caminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimado.



b) Enquanto cínico, calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral sempre emerge, condenando o próprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.



c) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamente puro, a ilustrar a tese da "bondade natural", adotada pelo autor.



d) Este herói de folhetim se dá a conhecer sobretudo nos diálogos, nos quais revela ao mesmo tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.



e) Nele, como também em personagens menores, há o contínuo e divertido esforço de driblar o acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa sorte.






17. (FUVEST) Leia o trecho transcrito de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida para responder ao teste. "Enquanto a comadre dispunha seu plano de ataque contra José Manuel, Leonardo ardia em ciúmes, em raiva, e nada havia que o consolasse em seu desespero, nem mesmo as promessas de bom resultado que lhe faziam o padrinho e a madrinha. O pobre rapaz via sempre diante de si a detestável figura de seu rival a desconcertar-lhe todos os planos, a desvanecer-lhe todas as esperanças. Nas horas de sossego entregava-se às vezes à construção imaginária de magníficos castelos, castelos de nuvens, é verdade, porém que lhe pareciam por instantes os mais sólidos do mundo; de repente surdia-lhe de um canto o terrível José Manuel com as bochechas inchadas; e soprando sobre a construção, a arrasava num volver d'olhos." Assinale a alternativa incorreta a respeito do trecho transcrito:






a) A cena pode ser considerada como mais um dos exemplos de mobilização que Leonardo provoca em seus protetores, os quais se dedicam continuamente a resolver os problemas do herói.



b) Diferentemente de outras passagens, Leonardo comporta-se como um herói romântico que se desestabiliza emocionalmente ao pensar no seu rival.



c) Os sonhos fantasiosos e apaixonados de Leonardo indicam o caráter complexo do herói, pois, ainda que seja malandro, conserva a sensibilidade romântica, quando se trata da disputa pela mulher amada.



d) O humor presente no trecho advém sobretudo do comportamento sentimental exagerado de Leonardo em contraste com o tom de deboche do narrador.



e) O temor por José Manuel manifesta-se inclusive por meio dos sonhos de Leonardo que, por estar apaixonado, revela-se frágil, vulnerável.






18. (FUVEST) Leia o texto e as afirmações que seguem para responder ao teste."O pequeno, enquanto se achou novato em casa do padrinho, portou-se com toda a sisudez e gravidade; apenas porém foi tomando mais familiaridade, começou a pôr as manguinhas de fora.Apesar disto, captou do padrinho maior afeição, que se foi aumentando de dia em dia, e que em breve chegou ao extremo da amizade cega e apaixonada. Até nas próprias travessuras do menino, as mais das vezes, achava o bom do homem muita graça; não havia para ele em todo o bairro rapazinho mais bonito, e não se fartava de contar à vizinhança tudo o que ele dizia e fazia; às vezes eram verdadeiras ações de menino mal-criado, que ele achava cheio de espírito e de viveza; outras vezes eram ditos que denotavam já muita velhacaria para aquela idade, e que ele julgava os mais ingênuos do mundo."(Memórias de um sargento de milícias, Manuel Antônio de Almeida)






I. Embora se distancie de muitos dos padrões estabelecidos pelo Romantismo, Memórias de um sargento de milícias apresenta uma linguagem ornamentada, metafórica, bem ao gosto romântico.



II. A postura do padrinho em relação ao afilhado Leonardo pode ser comparada àquela adotada pelo pai de Brás Cubas em relação ao filho: as travessuras são vistas com deslizes ingênuos e constituem motivo de orgulho paterno.



III. A "velhacaria" que Leonardo apresenta na infância pode ser associada à esperteza precoce da personagem Macunaíma, o que constitui um dos pontos em comum existentes entre esses dois anti-heróis.I



V. Pelo fato de Leonardo, Brás Cubas e Macunaíma serem protagonistas que se revelam desde a infância endiabrados, maliciosos e cínicos, as três obras Memórias de um sargento de milícias, Memórias Póstumas de Brás Cubas e Macunaíma são consideradas exemplo, de narrativas picarescas.






Estão corretas as afirmações:






a) I, II, III e IV.



) I, II e III.



c) II, III e IV.



d) II e III



e) II e IV.






19. (FUVEST) A participação do narrador em Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antonio de Almeida, constitui um dos aspectos mais arrojados da composição da obra, especialmente porque antecipa tendências somente valorizadas muito mais tarde, pelos modernistas, em 1922.Leia o trecho a seguir que confirma esse caráter inovador. "Já se vê que esta vida era trabalhosa e demandava sérios cuidados; porém a comadre dispunha de uma grande soma de atividade; e, apesar de gastar muito tempo nos deveres do ofício e na igreja, sempre lhe sobrara algum para empregar em outras coisas. Como dissemos, ela havia tomado a peito a causa dos maiores de Leonardo com Luisinha, e jurar pôr José Manuel, o novo candidato, fora da chapa." (capítulo XXV) A postura inovadora do narrador expressa-se no trecho transcrito por meio da: a) inclusão do leitor na narrativa.b) oscilação do foco narrativo.c) adoção de linguagem coloquial.d) ironia e crítica indisfarçável.e) expressão de julgamentos de valor.20. (POLI) Leiamos um trecho da obra Memórias de um sargento de milícias: As vozes dos meninos, juntas ao canto dos passarinhos, faziam uma algazarra de doer os ouvidos; o mestre, acostumado àquilo, escutava impassível, com uma enorme palmatória na mão, e o menor erro que algum dos discípulos cometia não lhe escapava no meio de todo o barulho; fazia parar o canto, chamava o infeliz, emendava cantando o erro cometido, e cascava-lhe pelo menos seis puxados bolos. Era o regente da orquestra ensinando a marcar o compasso. O compadre expôs, no meio do ruído, o objeto de sua visita, e apresentou o pequeno ao mestre.(...)Na segunda-feira voltou o menino armado com a sua competente pasta a tiracolo, a sua lousa de escrever e o seu tinteiro de chifre; o padrinho o acompanhou até a porta. Logo nesse dia portou-se de tal maneira que o mestre não se pôde dispensar de lhe dar quatro bolos, o que lhe fez perder toda a folia com que entrara: declarou desde esse instante guerra viva à escola. Ao meio-dia veio o padrinho buscá-lo, e a primeira notícia que ele lhe deu foi que não voltaria no dia seguinte, nem mesmo aquela tarde.- Mas você não sabe que é preciso aprender?...- Mas não é preciso apanhar... - Pois você já apanhou?... - Não foi nada, não, senhor; foi porque entornei o tinteiro na calça de um menino que estava ao pé de mim; o mestre ralhou comigo, e eu comecei a rir muito... (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Ateliê, 2000.)






A respeito da leitura do trecho acima e de seu conhecimento da obra, assinale a CORRETA:






a) A obra concentra-se em narrar as aventuras infantis de Leonardinho na escola.



b) Como apontou Antonio Candido (crítico literário), nessa obra, o universo da ordem, que nessa passagem pode estar representado pela rigidez dos castigos do professor, mistura-se ao universo da desordem, nesse parágrafo simbolizado tanto pelo canto dos meninos em algazarra com o dos pássaros, quanto pela presença de Leonardo na escola.



c) A obra apresenta uma crítica à família que se omitem em relação à educação dos filhos e deixa essa tarefa para a escola.



d) Na resposta de Leonardo (filho) ao padrinho: Não foi nada, não, senhor; foi porque entornei o tinteiro na calça de um menino que estava ao pé de mim; o mestre ralhou comigo, e eu comecei a rir muito... nota-se o respeito que ele terá pelas instituições em toda a obra.



e) Essa obra é representativa dos romances românticos brasileiros, uma vez que apresenta um herói religioso, honrado e moralmente impecável.

21. (FUVEST) Uma flor, o Quincas Borba. Nunca em minha infância, nunca em toda a minha vida, achei um menino mais gracioso, inventivo e travesso. Era a flor, e não já da escola, senão de toda a cidade. A mãe, viúva, com alguma cousa de seu, adorava o filho e trazia-o amimado, asseado, enfeitado, com um vistoso pajem atrás, um pajem que nos deixava gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros, ou perseguir lagartixas nos morros do Livramento e da Conceição, ou simplesmente arruar, à toa, como dous peraltas sem emprego.E de imperador! Era um gosto ver o Quincas Borba fazer de imperador nas festas do Espírito Santo. De resto, nos nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um papel de rei, ministro, general, uma supremacia, qualquer que fosse. Tinha garbo o traquinas, e gravidade, certa magnificência nas atitudes, nos meneios. Quem diria que… Suspendamos a pena; não adiantemos os sucessos.Vamos de um salto a 1822, data da nossa independência política, e do meu primeiro cativeiro pessoal. (Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas)






É correto afirmar que as festas do Espírito Santo, referidas no excerto, comparecem também em passagens significativas de:






a) Memórias de um sargento de milícias, onde contribuem para caracterizar uma religiosidade de superfície, menos afeita ao sentido íntimo das cerimônias do que ao seu colorido e pompa exterior.



b) O primo Basílio, tornando evidentes, assim, as origens ibéricas das festas religiosas populares do Rio de Janeiro do século XIX.



c) Macunaíma, onde colaboram para evidenciar o sincretismo luso-afro-ameríndio que caracteriza a religiosidade típica do brasileiro.



d) Primeiras estórias, cujos contos realizam uma ampla representação das tendências mágico-religiosas que caracterizam o catolicismo popular brasileiro.



e) A hora da estrela, onde servem para reforçar o contraste entre a experiência rural-popular de Macabéa e sua experiência de abandono na metrópole moderna.






22. (FUVEST) Assim pois, o sacristao da Sé, um dia, ajudando à missa, viu entrar a dama, que devia ser sua colaboradora na vida de Dona Plácida. Viu-a outros dias, durante semanas inteiras, gostou, dísse-lhe alguma graça, pisou-lhe o pé, ao acender os altares, nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se. Dessa conjunção de luxúrias vadias brotou Dona Plácida. É de crer que Dona Plácida não falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias: "— Aqui estou. Para que me chamastes?" E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe responderiam: "— Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no tacho e os olhos na costura, até acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia”. (Machado de Assis - Memórias póstumas de Brás Cubas)









Tal como narradas neste trecho, as circunstâncias que levam ao nascimento de Dona Plácida apresentam semelhança maior com as que conduzem ao nascimento da pessonagem:









a) Leonardo (filho), de Memórias de um sargento de milícias.



b) Juliana, de O primo Basílio.



c) Macunaíma, de Macunaíma.



d) Augusto Matraga, de Sagarana.



e) Olímpico, de A hora da estrela.






23. (ESPM) No início do livro Memórias de um Sargento de Milícias, o narrador refere-se à honra e à respeitabilidade dos meirinhos (oficiais de justiça), negando-as posteriormente com fatos e atitudes que marcam a personagem de Leonardo Pataca, o que denuncia, mais do que idéias contraditórias, um posicionamento claramente irônico. Isso não ocorre no trecho:






a) “Espiar a vida alheia (…) era naquele tempo coisa tão comum e enraizada nos costumes que, ainda hoje, (…) restam grandes vestígios desse belo hábito.”;



b) “Ao outro dia sabia-se por toda a vizinhança que a moça do Leonardo tinha fugido para Portugal com o capitão de um navio que partira na véspera de noite.— Ah! disse o compadre com um sorriso maligno, ao saber da notícia, foram saudades da terra!…”;



c) “— Honra!…honra de meirinho…ora!O vulcão de despeito que as lágrimas da Maria tinham apagado um pouco, borbotou de novo com este insulto, que não ofendia só um homem, porém uma classe inteira!”;



d) “O compadre, que se interpusera, levou alguns por descuido; afastou-se pois a distância conveniente, murmurando despeitado por ver frustrados seus esforços de conciliador:— Honra de meirinho é como fidelidade de saloia.”;



e) “— Ó compadre, disse, você perdeu o juízo?...— Não foi o juízo, disse o Leonardo em tom dramático, foi a honra!…”.






24. (PUC-SP) Era a sobrinha de Dona Maria já muito desenvolvida, porém que, tendo perdido as graças de menina, ainda não tinha adquirido a beleza de moça: era alta, magra, pálida; andava com o queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a furto; tinha os braços finos e compridos; o cabelo, cortado, dava-lhe apenas até o pescoço, e como andava mal penteada e trazia a cabeça sempre baixa, uma grande porção lhe caía sobre a testa e olhos, como uma viseira.






O trecho acima é do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Dele pode afirmar-se que:



a) confirma o padrão romântico da descrição da personagem feminina, representada nesta obra por Luisinha.



b) exemplifica a afirmação de que o referido romance estava em descompasso com os padrões e o tom do Romantismo.



c) não fere o estilo romântico de descrever e narrar, pois se justifica por seu caráter de transição da estética romântica para a realista.



d) justifica, dentro do Romantismo, a caracterização sempre idealizada do perfil feminino de suas personagens.



e) insere-se na estética romântica, apesar das características negativas da personagem, que fazem dela legítima representante da dialética da malandragem.






25. (PUC-SP) Memórias de um Sargento de Milícias é um romance escrito por Manuel Antônio de Almeida. Considerando-o como um todo, indique a alternativa que NÃO confirma suas características romanescas:



a) É um romance folhetim, já que saiu em fascículos no suplemento “A Pacotilha”, do jornal Correio Mercantil, que o publicava semanalmente entre 1852 e 1853.



b) Utiliza a língua falada sem reservas e com toda a dignidade e naturalidade, o que confere à obra um caráter espontâneo e despretensioso.



c) Enquadra-se fundamente na estética realista, opondo-se ao ideário romântico, particularmente no que concerne à construção da personagem feminina e ao destaque dado às camadas mais populares da sociedade.



d) Reveste-se de comicidade, na linha do pitoresco, e desenvolve sátira saborosa aos costumes da época que atinge todas as camadas sociais.



e) Põe em prática a afirmação de que através do riso pode-se falar das coisas sérias da vida e instaurar a correção dos costumes.

26. (PUC-SP) Em Memórias de um sargento de milícias, considerado como um todo, há uma forte caracterização dos tipos populares entre os quais destaca-se a figura de Leonardo filho.






Indique a alternativa que contém dados que caracterizam essa personagem:






a) Narrador das peripécias relatadas em forma de memórias, conforme vem sugerido no título do livro, torna-se exemplo de ascensão das camadas sociais menos privilegiadas.



b) Anti-herói, malandro e oportunista, espécie de pícaro pela bastardia e ausência de uma linha ética de conduta.



c) Herói de um romance sem culpa, representa as camadas populares privilegiadas dentro do mundo da ordem.



d) Representante típico da fina flor da malandragem, ajeita-se na vida, porque protegido do Vidigal, permanece imune às sanções sociais e em momento algum é recolhido à cadeia.



e) Herói às avessas que incorpora a exclusão social, porque, não tendo recebido amparo de nenhuma espécie, não alcança a patente das milícias e se priva de qualquer tipo de herança.






27. (UFLA) Relacione personagens de “Memórias de um Sargento de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida, e características a que se referem:
(1) A cigana
( ) Detesta Leonardo Filho.
(2) O Major Vidigal
( ) Desperta paixões em Leonardo pai e no mestre de rezas.
(3) A vizinha do barbeiro
( ) Adora demandas judiciais.
(4) O mestre de rezas
( ) É ridicularizado por Leonardo numa das estrepolias de sua infância.
(5) D. Maria
( ) É o único personagem histórico do livro.

A relação CORRETA é:



a) 3 – 1 – 5 – 4 – 2



b) 3 – 5 – 1 – 2 – 4



c) 3 – 4 – 5 – 1 – 2



d) 3 – 1 – 2 – 4 – 5



e) 3 – 5 – 4 – 2 –1






28. (EFOA) A respeito de Memórias de um Sargento de Milícias, assinale a afirmativa INCORRETA:






a) A narrativa opõe-se ao modelo do romance romântico, sobretudo pela figura de seu protagonista, um herói-malandro que não pertence à “classe dominante”.



b) A obra é considerada um romance de costumes por descrever, com fidelidade, os hábitos, as cenas e os lugares pitorescos do Rio de Janeiro da época de D. João VI.



c) Luisinha, o eterno amor de Leonardo Filho, possui dotes físicos, morais e culturais que a identificam como uma autêntica heroína romântica.



d) Manoel Antônio de Almeida satiriza neste livro a sociedade carioca dos tempos joaninos, sem, contudo, utilizar um vocabulário baixo e de expressões censuráveis.



e) A significativa presença de personagens populares, e pertencentes às classes intermediárias da sociedade, transforma a obra de Manoel Antônio de Almeida em precursora da estética realista.






29. (UEL) O trecho transcrito abaixo pertence à obra Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda, escrito em 1936, e se constitui em uma análise histórico-sociológica da organização da sociedade brasileira.“À frouxidão da estrutura social, à falta de hierarquia organizada devem-se alguns dos episódios mais singulares da história das nações hispânicas, incluindo-se nelas Portugal e Brasil. Os elementos anárquicos sempre frutificaram aqui facilmente, com a cumplicidade ou a indolência displicente das instituições e costumes.” (HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 8. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975. p. 5.)






Com base nas afirmações de Holanda, assinale a alternativa que estabelece a melhor correspondência com o romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, escrito em 1853.






a) Escrito no momento em que movimentos em prol da República cresciam no Brasil, o romance faz uma crítica à estrutura social monárquica e desorganizada e vê no regime republicano um modelo ideal a ser adotado no país.



b) Juntamente com a obra As minas de prata, de José de Alencar, também um autor romântico, o romance de Manuel Antônio de Almeida pode ser considerado um romance histórico, na medida em que faz um traçado da história do Brasil imperial, cuja desorganização social mostrava-se um reflexo da incapacidade político-administrativa da época.



c) Embora escrito durante o Romantismo, marcado pelas idealizações e pela visão eufórica da pátria, o romance de Manuel Antônio de Almeida apresenta um retrato fiel da elite dirigente brasileira do século XIX, cuja falta de estratégia na administração pública levava à anarquia social e de valores, aspecto que o romance retrata com clareza na descrição dasfestas e no comportamento imoral das personagens.



d) Sendo uma obra de engajamento social, o romance critica a sociedade escravocrata brasileira do século XIX, ao mostrar o autoritarismo e a crueldade da personagem D. Maria no tratamento rigoroso que dispensava às suas escravas.



e) Ao narrar as peripécias do jovem Leonardo, o romance apresenta, com olhar crítico e bem humorado, os costumes da sociedade brasileira da época de D. João VI, marcada por uma certa lassidão de valores, o que permitia às personagens transitar pelo universo da ordem e da desordem, de acordo com as conveniências, o que reflete a falta de estruturação social do Brasil no século XIX.






30. (UERJ) Vidinha Vidinha era uma rapariga que tinha tanto de bonita como de movediça e leve: um soprozinho, por brando que fosse, a fazia voar, outro de igual natureza a fazia revoar, e voava e revoava na direção de quantos sopros por ela passassem; isto quer dizer, em linguagem chã e despida dos trejeitos da retórica, que ela era uma formidável namoradeira, como hoje se diz, para não dizer lambeta, como se dizia naquele tempo. Portanto não foram de modo algum mal recebidas as primeiras finezas do Leonardo, que desta vez se tornou muito mais desembaraçado, quer porque já o negócio com Luisinha o tivesse desasnado, quer porque agora fosse a paixão mais forte, embora esta última hipótese vá de encontro à opinião dos ultra- românticos, que põem todos os bofes pela boca, pelo tal – primeiro amor: – no exemplo que nos dá o Leonardo aprendem o quanto ele tem de duradouro. Se um dos primos de Vidinha, que dissemos ser o atendido naquela ocasião, teve motivo para levantar-se contra o Leonardo como seu rival, o outro primo, que dissemos ser o desatendido, teve dobrada razão para isso, porque além do irmão apresentava-se o Leonardo como segundo concorrente, e o furor de quem se defende contra dois é, ou deve ser sem dúvida, muito maior do que o de quem se defende contra um. Declarou-se portanto, desde que começaram a aparecer os sintomas do que quer que fosse entre Vidinha e o nosso hóspede, guerra de dois contra um, ou de um contra dois. A princípio foi ela surda e muda; era guerra de olhares, de gestos, de desfeitas, de más caras, de maus modos de uns para com os outros; depois, seguindo o adiantamento do Leonardo, passou a ditérios, a chascos, a remoques. Um dia finalmente desandou em descompostura cerrada, em ameaças do tamanho da torre de babel, e foi causa disto ter um dos primos pilhado o feliz Leonardo em flagrante gozo de uma primícia amorosa, um abraço que no quintal trocava ele com Vidinha.– Aí está, minha tia, dissera enfurecido o rapaz dirigindo-se à mãe de Vidinha; aí está o lucro que se tira de meter-se para dentro de casa um par de pernas que não pertence à família...– Onde é, onde é que está pegando fogo? disse a velha em tom de escárnio, supondo ser alguma asneira do rapaz, que era em tudo muito exagerado.– Fogo, replicou este; se ali pegar fogo não haverá água que o apague... e olhe o que lhe digo, se não está pegando fogo... está-se ajuntando lenha para isso.(Manuel Antônio de Almeida. Memórias de um Sargento de Milícias. São Paulo, Melhoramentos, 1964. pp. 158-9)Vocabulário:ditérios, chascos, remoques = zombarias.primícia = iniciação.






O narrador desse texto vê na inconstância amorosa a refutação do seguinte mito romântico:



a) Amor com amor se paga.



b) Amor com amor se paga.



c) Amor eterno enquanto dura.



d) Amor primeiro, amor verdadeiro.



e) Amor derradeiro, amor verdadeiro.

31. (FATEC) Leia o texto abaixo, para responder às questões de números 30 a 34.[...] Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda.Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos.Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir certos enojos: foram os dois morar juntos; e daí a um mês manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do beliscão, sete meses depois teve a Maria um filho, formidável menino de quase três palmos de comprido, gordo e vermelho, cabeludo, esperneador e chorão; o qual, logo depois que nasceu, mamou duas horas seguidas sem largar o peito. E este nascimento é certamente de tudo o que temos dito o que mais nos interessa, porque o menino de quem falamos é o herói desta história.Chegou o dia de batizar-se o rapaz: foi madrinha a parteira; sobre o padrinho houve suas dúvidas: o Leonardo queria que fosse o Sr. Juiz; porém teve de ceder a instâncias da Maria e da comadre, que queriam que fosse o barbeiro de defronte, que afinal foi adotado. Já se sabe que houve nesse dia função: os convidados do dono da casa, que eram todos dalém-mar, cantavam ao desafio, segundo seus costumes; os convidados da comadre, que eram todos da terra, dançavam o fado. O compadre trouxe a rabeca, que é, como se sabe, o instrumento favorito da gente do ofício. A princípio, o Leonardo quis que a festa tivesse ares aristocráticos, e propôs que se dançasse o minuete da corte. Foi aceita a idéia, ainda que houvesse dificuldade em encontrarem-se pares. Afinal levantaram-se uma gorda e baixa matrona, mulher de um convidado; uma companheira desta, cuja figura era a mais completa antítese da sua; um colega do Leonardo, miudinho, pequenino, e com fumaças de gaiato, e o sacristão da Sé, sujeito alto, magro e com pretensões de elegante. O compadre foi quem tocou o minuete na rabeca; e o afilhadinho, deitado no colo da Maria, acompanhava cada arcada com um guincho e um esperneio.Isto fez com que o compadre perdesse muitas vezes o compasso, e fosse obrigado a recomeçar outras tantas.(Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.)






32. Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela.Assinale a alternativa que apresenta estrutura de orações análoga à do período acima.






a) O Leonardo queria que fosse o Sr. juiz.



b) O compadre trouxe a rebeca, que é o instrumento favorito da gente de ofício.



c) Estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos.



d) Já se sabe que houve nesse dia função.



e) Os convidados do dono da casa, que eram todos dalém-mar, cantavam ao desafio.






33. Chegou o dia de batizar-se o rapaz: foi madrinha a parteira; sobre o padrinho






(I) houve suas dúvidas.[...]. Foi aceita a idéia, ainda que



(II) houvesse dificuldade em encontrarem-se os pares.






Assinale a alternativa em que a substituição dos verbos em destaque resulta em concordância de acordo com a norma culta.






a) (I) surgiram; (II) surgissem.



b) (I) iam haver; (II) pudesse haver



.c) (I) podia existir; (II) pudesse existir.



d) (I) surgiu; (II) surgisse.



e) (I) existiram; (II) existisse.






34. Foi aceita a idéia, ainda que houvesse dificuldade em encontrarem-se pares.Essa passagem está reescrita, com sentido equivalente ao original, na alternativa:






a) Aceitaram a idéia, à medida que houve dificuldade em encontrarem pares.



b) Aceitou-se a idéia, contanto que houvesse dificuldade em encontrar pares.



c) Aceitou-se a idéia, apesar de haver dificuldade em serem encontrados pares.



d) Aceitou a idéia, portanto houve dificuldade em pares serem encontrados.



e) Aceitou-se a idéia, pois havia dificuldade em pares serem encontrados.






35. Afinal levantaram-se uma gorda e baixa matrona, mulher de um convidado; uma companheira desta, cuja figura era a mais completa antítese da sua [...].






Considerando a informação em destaque nessa passagem, é correto dizer que a companheira era uma mulher






a) magra, de estatura mediana e simpática.



b) esguia, encorpada e jovem.c) rechonchuda, de meia estatura e de meia idade.d) magra, alta e solteira.e) delgada, esguia e casada.

36. Assinale a alternativa em que se associam as palavras do trecho e os respectivos campos de significação, postos entre parênteses.



a) Compasso, pares, gaiato (dança).



b) Filho, madrinha e compadre (laços consangüíneos).



c) Amantes, enojo, menino (família).



d) Fado, rabeca, minuete (instrumentos musicais).e) Batizar, sacristão, Sé (religião).







37. (UFLA) Considerando a narrativa de Memórias de um sargento de milícias, é INCORRETO afirmar que a obra






a) se passa nas ruas e casebres do Rio de Janeiro, retratando de modo grotesco a sociedade carioca: as festas, batizados, procissões. É um romance de costumes.



b) pode ser considerada como romance pré-realista, apresentando, contudo, vários pontos de contato com o Romantismo, como, por exemplo, o final feliz.



c) possui foco narrativo em 1ª pessoa, com o narrador sendo figura de destaque e participando de inúmeras passagens.



d) apresenta uma linguagem marcada pelo tom coloquial, o linguajar do povo, com as nuances típicas das "conversas das comadres, moleques, soldados".



e) descreve as cenas com um toque de realismo e de documentário da vida da época, incorporando costumes e acontecimentos do Rio de Janeiro.







Respostas corretas
1-a 17-c 32-a
2-b 18-d 33-e
3-d 19-b 34-c
4-c 20-c 35-d
5-c 21-a 36-e
6-e 22-a 37-c
7-d 23-e
8-c 24-b
9-e 25-c
10-e 26-b
11-b 27-a
12-e 28-c
13-b 29-e
14-a 30-d
15-e 31-ler
16-e




2 E

Aline Santos

Angélica Barboza

Carlos Henrique

Paloma Patrícia

Memórias de um Sargento de Milícias

Mais do que um simples romance de costumes, Memórias de um sargento de Milícias é uma análise da sociedade carioca do começo do século XIX. Revela, com ironia e deboche, como ela se organizava entre a ordem e o “jeitinho”.

As desventuras de Leonardo se passam na época em que o Brasil era colônia de Portugal. Mais precisamente quando Dom João VI e a família real por aqui se instalaram, fugindo de Napoleão Bonaparte, que lutava contra os ingleses pela supremacia européia.Chegaram ao Rio de Janeiro em 1808.

A vinda da corte portuguesa teve enorme impacto na vida dos cariocas: muitos foram desalojados para dar lugar aos milhares de nobres que chegavam. Mas também houve benefícios: a cidade, então precária, foi pouco a pouco remodelada e modernizada.

No decorrer do século XIX, os negros, trabalhadores livres ou escravos, representavam mais da metade de habitantes do Rio de Janeiro. Além de tarefas domésticas, homens e mulheres realizavam pequenos serviços pelas ruas. È importante lembrar que tal liberdade dos negros era ambígua. A liberdade de um ex escravo podia ser revogada, por exemplo, por atitudes de desrespeito contra seu antigo senhor. Assim, ao lado da importante presença negra na sociedade, dando a ela traços essenciais de sua cultura, crescia também o preconceito e a discriminação, contra os quais se luta até hoje.

Na época em que se passa o romance, uma das principais comemorações religiosas do Rio de Janeiro era a festa do Divino Espírito Santo. Até os dias de hoje, em diversas partes do país, a festa continua acontecendo. A época de sua realização ocorre cerca de cinqüenta dias após a Páscoa.

De acordo com a região em que é realizada, a festa possui características próprias. Há aspectos comuns: o império (crianças vestidas de nobres e tratadas como tal); o levantamento e o derrubamento do mastro e a cantoria das caixeiras, mulheres que acompanham as cerimônias. Esta è uma festa para agradecer e pedir fartura; a abundante distribuição de comida é um dos pontos altos do festejo.

Assim como as festas religiosas, a música também fazia parte da vida dos cariocas do começo do séc.XIX, os personagens do romance atestam o argumento cantando modinhas, tocando fados e fandangos. No seu livro Viagem Pitoresca e História ao Brasil, o pintor francês Jean Baptiste Debret reproduz o seguinte comentário:

“O caráter da música brasileira deve sua melodia não somente à harmonia da língua nacional, mas ainda à imaginação tão sensível desse povo que nasceu músico”.

Leonardo inaugurava a tradição de malandros na literatura brasileira. Contando com a sorte e se aproveitando das oportunidades, ele trilha sua vida, na maior parte das vezes, burlando qualquer esfera da ordem principalmente aquelas representadas pelo Major Vidigal. A figura do malandro aparecerá daí para frente, em inúmeras obras literárias e também em sambas e outros tipos de canções populares.

Em Memórias de um sargento de milícias. O major Vidigal, chefe dos granadeiros é a figura responsável pela ordem geral da cidade. No Rio de Janeiro do séc.XIX, ”não havia beco nem travessa, rua nem praça, onde não se tivesse passado uma façanha do Senhor Major para pilhar um maroto ou dar caça a um vagabundo”. A figura do major descrita no romance existiu realmente. Miguel Nunes Vidigal viveu entre 1745 e 1843.

Para conseguir declarar o seu amor, os personagens deste livro são mestres em inventividade. Leonardo-Pataca e Maria da Hortaliça têm um jeito muito próprio de ser apaixonar: ele com uma pisadela no pé de Maria e ela, com um beliscão na mão de Leonardo. O protagonista Leonardo, então, sofre de amores como ninguém... Suas declarações para Luisinha e o momento em que se vê apaixonado por Vidinha valem uma releitura.

O Rio de Janeiro do começo do séc. XIX tinha semelhanças com o Rio de Janeiro atual?Memórias de um Sargento de Milícias revela algumas: a presença da música, da dança e das festas populares; a convivência com o habito do favor; o humor e a tragicidade, essa quase cômica.

Danilo de Oliveira

Resumo: Memórias de Um Sargento de Milícias


Leonardo abandonara de uma vez para sempre a casa fatal onde tinha sofrido tamanha infelicidade, nem mesmo passara por aquelas alturas,de maneira que o compadre por muito tempo não pode por a vista em cima. o pequeno quando se achou novato em casa do padrinho, portou- se com toda a sisudez e gravidade, apenas foi tomado com mais familiaridade, começou a colocar as manquinhas de fora. Apesar disso captou do padrinho maior afeição, que se foi aumentando em cada dia e que em breve chegou ao seu extremo da amizade cega e apaixonada, até mesmo nas próprias travessuras do menino as mais das vezes malignas, achava o bom do homem muita graça e não havia para ele o garoto mais bonito do bairro todo e não tinha questão de contar o que ele dizia ou fazia, as vezes as ações era de menino mal -criado.
Era natural isso em um homem de uma vida como a sua, tinha já 50 e tantos anos, passara sempre só, isolado, era verdadeiro partidário do mais decidido celibrato.Algumas vezes sentado na loja ele se divertia -se em fazer caretas aos frequeses quando eles estavam se barbeando, uns enfurecidos, outros riam sem querer e para resultados os fregueses saíam muitas vezes com a cara cortada, com grande prazer do menino e descredito do padrinho.Não parava em casa coisa nenhuma , pelos quintais atirava pedra aos telhados dos vizinhos , sentado á porta da rua , incendia com quem passava e com quem estava pelas janelas, de maneira que estava pelas janelas , de maneira que ninguém por ali ninguém gostava dele. Mas um dia uma pessoa chamou ele e disse-lhe
- Menino, venha cá, você está ficando um homem(tinha ele 9 anos), é preciso que aprenda alguma coisa para vir um dia a ser gente , de segunda-feira em diante (estava em quarta-feira começarei a ensina-lhe o beabá. Farte-se de travessuras por este resto da semana.Mas a pequena fala: - Então eu não lhei de ir mais ao quintal, nem lhei de brincar na porta.
Domingo do Espírito Santo.Como todos sabem, a festa é uma das prediletas do povo fluminen-se.Hoje mesmo que se vão perdendo certos habitos, um bone outros maus, ainda essa festa é motivo de grande agitação, longe porém está aqui agora se passa daquilo que se passava nos tempos a que temos feito remontar os leitores.



Gustavo de Oliveira

  • Introdução:

A obra conta as aventuras de Leonardo ou Leonardinho, filho ilegítimo dos portugueses Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça. Como os pais não desejassem criá-lo, Leonardo fica por con­ta de seu padrinho e de sua madrinha , após a separação dos seus progenitores.

Sempre metido em travessuras, desde cedo Leonardo mostra-se um grande malandro. Já moço, apaixona-se por Luisinha, mas põe o romance a perder quando se envolve com a mulata Vidinha. A primeira decide, então, casar-se com outro.

Tempos depois, Leonardo é preso pelo Major Vidigal, enfrenta diversos problemas, mas acaba sargento de milícias. Quando da viuvez de Luisinha, reaproxima-se da moça. Os dois casam-se e Leonardo é reabilitado.

· Capítulo 1
Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça embarcam para o Brasil. Entre pisadelas e beliscões os dois jovens portugueses enamoram-se, envolvem-se e, meses mais tarde, nasce Leonar­dinho, o protagonista do romance. É, estranhamente, um me­ni­no gordo e grande, apesar de ter nascido tão cedo. A parteira e o barbeiro são seus padrinhos de batismo.

· Capítulo 2
Leonardo Pataca descobre-se traído por Maria e surra a mulher. O amante que estava com ela desaparece. Leonardinho rasga uns documentos que o pai esquecera sobre a mesa. O pai dá-lhe um pontapé que o manda longe. O menino vai viver com o padrinho. Maria da Hortaliça já não se encontra com o marido, pois fugira para Portugal com o capitão de um navio.

· Capítulo 3
O padrinho protege Leonardo. A madrinha cobra energia do barbeiro. Acha que Leonardo precisa ser castigado, já que é levado demais. O padrinho quer o afilhado padre, pois anda apreensivo com o futuro do pequeno.

· Capítulo 4
Apaixonado por uma cigana que não o quer, Leonardo Pataca acaba preso, por recorrer a bruxarias, a fim de conquistá-la. Quem o prende é o Major Vidigal.

· Capítulo 5
O narrador fala de Vidigal, um homem temido e influente, apesar de parecer mole e lento. Ele é cruel com os que não trabalham e não tem piedade dos criminosos. Todos os que participavam da cerimônia de feitiçaria com Leonardo são chicoteados, para que dancem, até que não mais agüentem. Leonardo Pataca acaba na cadeia.

· Capítulo 6
A comadre consegue libertar Leonardo Pataca. Leonardinho dorme em um acampamento cigano depois de seguir a procissão.

· Capítulo 7
Fala da comadre, de seus momentos de esperteza e dos de inocência, da profissão de parteira, de suas benzedeiras, cochichos e rezas.

· Capítulo 8
A Comadre pedira a um tenente-coronel seu conhecido que conseguisse do rei algum benefício para Leonardo Pataca.

· Capítulo 9
Conta-se a história do padrinho, que se apossou das economias de um capitão, às portas da morte, ao invés de entregá-las à filha do falecido, conforme prometera. O dinheiro proporciona-lhe uma vida boa e confortável.

· Capítulo 10
Leonardo fora libertado, porque o tenente-coronel tinha um filho que seduzira Maria da Hortaliça em Portugal, deflorando-a e abandonando-a, em tempos passados, e ajudar Pataca foi uma forma de pagar pelo mal cometido pelo filho.

· Capítulo 11
Leonardinho não tem vocação para padre e é lerdo para aprender. O padrinho preocupa-se por ele. A vizinha briga com o petiz, que a imita. O padrinho, que já discutira com ela, por causa da desavença com o pequeno, diverte-se com a imitação feita.

· Capítulo 12
Na escola, Leonardinho é punido constantemente com a palmatória, pois só faz travessuras. Termina aban­donando os estudos, depois de muito fugir da escola.

· Capítulo 13
Leonardinho fica amigo de um garoto que é coroinha e diz ao padrinho que também gostaria de servir na Igreja, como o outro. Em verdade, por ser malandro demais e não gostar dos estudos, o menino pretende encontrar um meio de fazer mais peraltices. Como o barbeiro tem vontade que o pequeno siga a carreira sacerdotal, imagina que será bom que ele comece a conviver no meio eclesiástico. Sabe que, apesar de tê-lo feito freqüentar a escola novamente, o afilhado não se empenha e vive fugindo das aulas.

Os meninos, que se tornaram amigos em uma das fugas de Leonardinho, vingam-se da vizinha com a qual o padrinho brigara, jogando fumaça de insenso em seu rosto e também lhe entornando um pouco de cera na mantilha que estava usando.

· Capítulo 14
A cigana com a qual Leonardo Pataca se havia envolvido é amante de um padre que exerce a função de mestre de cerimônias da Igreja da Sé. Ele deverá proferir o sermão, por ocasião de uma festa que ocorrerá na igreja em questão. Um capuchinho italiano toma-lhe o lugar no púlpito, quando o padre se atrasa para a cerimônia. Em realidade, o grande responsável pelo problema é Leonardinho, que lhe informa o horário do acontecimento com uma hora de diferença do que deveria ser. Acaba sendo mandado embora, pelo que fez.

· Capítulo 15
Chico-Juca é contratado para comparecer a uma reunião festiva que ocorrerá na casa da cigana da qual Pataca gosta. É a forma que o pai de Leonardinho arranja para se vingar dela e do padre com o qual se envolvera. Não satisfeito com o que já programara, Pataca complementa sua vingança, avisando o Major Vidigal do que está ocorrendo. O padre vai parar na cadeia, para a satisfação de Leonardo.

· Capítulo 16
As coisas encaminham-se muito mal para o padre flagrado pelo Major. Arrependido e humilhado, ele toma a decisão de deixar a amante cigana. Mesmo desa­gradando a comadre, que tanto o aju­dara, Leonardo Pataca retoma o relacionamento com a traidora e é recriminado por sua atitude. Cho­cada, a comadre o repreende.

· Capítulo 17
A gorda D. Maria simpatiza com Leonardinho. Ela aprecia demais as demandas ou ações judiciais. Quando acontece a procissão recebe o Compadre em sua casa, além do afilhado. Também estão lá a Comadre e a vizinha, que tem a saia pisada pelo pequeno peralta, enquanto todos falam a respeito das traquinagens que ele faz o tempo todo. Leo­nardinho rasga a saia da mulher e continua a centralizar o assunto da conversa, já que trocam idéias sobre seu futuro. Para a velha senhora dona da casa, em toda a sua bondade e amor pelos me­nos afortunados, o menino deve-se tornar um "procurador de causas", pois seria o melhor para ele.

· Capítulo 18
Mais velho, Leonardo Pataca se junta a Chiquinha, filha da Comadre, com quem acabará tendo uma filha. Quanto a Leonardinho, torna-se, segundo o narrador, um "vadio-mestre", um "vadio-tipo". Vão por água abaixo os planos feitos para ele pelo com­padre, pois não se torna padre. Tão pouco segue os desejos da Comadre ou de Dona Maria. Sem trabalho, sem preocupações, leva a vida aven­tureira que lhe é tremendamente agradável.

Faz visitas a D. Maria, acompanhando o padrinho. A velha senhora vencera mais uma de suas demandas, tornando-se tutora de uma sobrinha órfã chamada Luisinha. A moça veio da roça e é uma pessoa de­sen­­gonçada, alta e magricela. Sua herança havia sido de mil cruzados. Leonardinho tem dificuldade em controlar o riso quando a conhece, em um longo ves­tido de chita roxa, muito deselegante. E sempre se ri, quando se lembra dela. E sempre se lembra dela.

· Capítulo 19
Leonardinho e Luisinha aproximam-se grada­tivamente e o amor entre eles começa a brotar.

· Capítulo 20
Depois que acontece a Festa do Divino, o casal torna-se mais unido e íntimo, fortalecendo os sen­timentos que nutrem um pelo outro.

· Capítulo 21
Visitando D. Maria, padrinho e afilhado vaiem diante do Sr. José Manuel, um velhaco de primeira, que adula a velha para conseguir chegar até Luisinha. Suas pretensões visam à herança que a moça deverá receber com a morte de D. Maria, já que será a única beneficiária da tutora.

· Capítulo 22
A Comadre une-se ao Compadre, a fim de traçarem seus planos para desarmar a tramóia de José Manuel e auxiliar o afilhado.

· Capítulo 23
Leonardinho já se apercebeu das intenções de José Manuel e sente vontade de cortar-lhe o pescoço com uma navalha do Compadre. Seu padrinho, entretanto, aconselha-o e procura acalmar-lhe os ciúmes. O rapaz, muito desajeitado, consegue se de­clarar a Luisinha, depois de idas e vindas bastante cômicas, tremores e dúvidas, risos nervosos e um extremo desgaste.

  • Personagens:

· Leonardo ou Leonardinho - o anti-herói ou herói picaresco do romance, vadio, malandro, que adora fazer estripulias e criar problemas. Mulherengo, quase perde seu amor, por ser inconsciente. É criado pelo padrinho, já que os pais se separam e não têm paciência para lhe suportar as traquina­gens. Chega a ser preso, torna-se granadeiro e Sargento de Milícias. Casa-se e torna-se assentado.

· Luisinha - moça com a qual Leonardo se casa. Em princípio é desengonçada e estranha, depois melhora. Casa-se com José Manuel, por influência da tia, arran­jando um marido que só deseja seus bens. É órfã. Fica viúva e une-se a Leonardo.

· Vidinha - mulata jovem, bonita e animada, toca viola e canta modinhas. Cativo Leonardo, que vive em sua casa por algum tempo.

· O Compadre - barbeiro de profissão, cria Leonardo, protege-o e acaba deixando-lhe uma herança que surrupiou do comandante de um navio.

· A Comadre - defende e acompanha Leonardo em qualquer circunstância. Adora o afilhado.

· Dona Maria - doida por uma demanda judicial, ganha a guarda de Luisinha, quando ela perde os pais.

· José Manuel - salafrário e calculista casa-se com Luisinha por dinheiro e morre.

· Major Vidigal - militar que persegue Leonardo, até conseguir integrá-lo às forças milicianas. Calcado em uma figura real.

· Leonardo Pataca - pai de Leonardo acaba casado com Chiquinha, depois que abandona o filho com o compadre.

· Maria da Hortaliça - mãe do personagem, portuguesa, trai a Pataca e foge com outro para Portugal.

· Chiquinha - casa-se com Leonardo Pataca. É filha da Comadre



Nicoly Adriana Anicio







Memórias de um Sargento Milícias


"É um romance de Manoel Antônio de Almeida. Foi publicado originalmente em folhetins no correio mercantil do Rio de Janeiro, entre 1852 e 1853, anonimamente. O livro foi publicado em 1954 e no lugar do autor constatava ”um brasileiro”.




“O romance retrata de modo picaresco a sociedade carioca; as festas, batizados, procissões. É o romance de costumes . A obra permaneceu como a mais adulta e envolvente da época. Devido a isso é considerado como romance pré frouxo, a linguagem descuidada e o final feliz.
Em vez doas salões aristocráticos e dos ambientes sofisticados, a ação de Memórias... se passa nas ruas e casebres do Rio de Janeiro do "tempo do rei"(D. João VI). A linguagem é coloquial, próxima da fala do povo, e teve grande aceitação entre o público. O romance retrata de modo picaresco a sociedade carioca; as festas, batizados, procissões. É o romance de costumes. A obra de Manuel Antônio de Almeida permaneceu como a mais adulta e envolvente da época. Devido a isso, é considerado como romance pré-realista, apresentando contudo vários pontos de contato com o Romantismo, como por exemplo o estilo frouxo, a linguagem descuidada e o final feliz.
O meirinho Leonardo Pataca - pai de Leonardo - conhece no navio Maria das Hortaliças. Maria, já no Brasil, é flagrada pelo marido com outro homem e foge para Portugal. Leonardinho é desprezado pelo pai e vai ser criado pelos padrinhos, o Barbeiro e a Parteira. Desde pequeno provou que não queria nada com preocupações na vida, era preguiçoso e desordeiro. A vida de Leonardo se dá na dimensão da malandragem Conhece Luisinha, moça que ele primeiro descreve como "sem graça" mas depois começa a gostar dela. Adolescente, foi viver com Vidinha e graças à sua malandragem foi preso e engajado como soldado de milícias. E tinha como chefe o terrível Major Vidigal. Ainda assim ele foi preso mais uma vez, mas contou com a sorte de ter uma senhora, ex-amante do Major Vidigal, para inteceder por ele. Além de ter sido solto, recebe uma promoção e passa a ser sargento de milícias. Por fim, ele se casa com a agora viúva Luisinha, rendendo-se ao ideal romântico (o primeiro amor).”






Minha opinião sobre o livro e seu autor:


Através do meu resumo do livro Memórias de um sargento de Milícias,consegui compreender o livro com base na época que ele foi escrito, o artigo simplificou perfeitamente o livro com bases históricas e fatos que levaram o autor a desenvolver o romance.
Pelo resumo retratei que a história apesar de ser um belo romance, não é igual a muitos livros românticos que retrata a história em sua época de publicação, o que expressa a visão de mundo marcada por traços idealizadores e sentimentalista, mas sim um estilo objetivo e realista.O que mais me chamou atenção, foi o autor ter desviado o final trágico geralmente mostrado no desfecho dos romances, por um final feliz.
Acho que o autor foi bem criativo em colocar dinamismo e ação em todo o decorrer da história, porém a achei que algumas partes da linguagem do texto desleixada. Conclui que este livro é um grande destaque e ocupa um ótimo lugar na literatura brasileira.




Bibliografia


http://www.vestibular.brasilescola.com/ “Memórias de uma sargento de Milícias”


http://www.detetivez.hpg.ig.com.br/literatura/resumo_livro/memorias_sargento.htm



2F
Adilson Ferreira N ° 01
Alex Silva N°03
Ana Lucia de Leone N°05
Luiz Felippe Torres N° 20
Rafael Rezende N° 32
Shesa Galan N° 34
Stefany Leone N° 35
Vitor Brunelli N° 37
Mariza Bonfim N° 43



Personagens do Livro “Memórias de Sargento de Milícias”

De Manoel Antonio de Almeida


Leonardo: Filho de Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça. É o personagem principal, o anti-herói do romance. Desde criança, metido em confusão: esperto, vadio, traquinas. Vive à custa do padrinho barbeiro e sob proteção da madrinha que o livra de muitas encrencas. Embora lhe falte à característica essencial que move o herói pícaro – a luta pela sobrevivência pode-se dizer que Leonardo representa muito bem o papel do astuto, do malandro. Sem se esforçar, Leonardo é sempre favorecido pela sorte e pelo arranjo dos amigos: sendo expulso de casa, no mesmo dia é acolhido por Tómas da Sé, perseguido e preso pelo Major Vidigal, além de alcançar a liberdade consegue uma nomeação como soldado e mais tarde como sargento, morrendo o padrinho, herda uma herança, morrendo José Manoel, herda o coração de Luisinha.

Leonardo Pataca: Imigrante Japonês, meirinho (oficial de justiça) meio ingênuo, sentimental, metido em desencontros amorosos. Sua primeira mulher, Maria da Hortaliça, foge para Portugal com uma amante. Seu segundo amor, uma cigana, também o abandona. Com Chiquinha, finalmente, encontra a felicidade, tendo com ela uma filha.

Maria da Hortaliça: Imigrante portuguesa, ex-quitandeira “das praças de Lisboa”, mãe de Leonardo, “saloia rechonchuda e bonita”, volúvel a ponto de levar os amantes para sua casa.

Comadre: Madrinha de Leonardo, baixa e gorda, bonachona e ingênua, vivia de oficio de parteira e era para Leonardo uma espécie de fada-madrinha, protegendo-o constantemente.

Compadre: Padrinho de Leonardo e seu protetor. Criou-se como se fosse seu próprio filho, fazendo vista grossa as estripulias do afilhado. Idealizou para Leonardo um futuro brilhante; no entanto nunca o repreendeu pela vadiagem (típico do “herói” do romance).

D. Maria: Tia e tutora de Luisinha. Era velha, gorda, bondosa e viciada em demandas judiciais.

Major Vidigal: Era o chefe dos granadeiros (a polícia da época). Homem alto, não muito gordo, com ares de moleirão; tinha o olhar sempre baixo, os movimentos lentos, a voz descansada e adocicada. Entretanto, por ser enérgico, era a pessoa mais respeitada da região e por isso mesmo, a pessoa mais indicada para ocupar o cargo de chefe absoluto da policia. (Dava caça aos criminosos, prendia-os, julgava-os, e os distribuía as penas condenatórias, sem oposição e nem apelação.)

Luisinha: Sobrinha de D. Maria. Quando Leonardo a viu pela primeira vez, ela era magra, pálida, tímida, trazia a cabeça baixa e andava sempre mal penteada. Apesar desse retrato não idealizado, ela se constituiu no primeiro amor de Leonardo. Luisinha casa-se com José Manoel; morrendo este, se casa com Leonardo.

José Manoel: Magro, narigudo, de olhar vivo e penetrante, mais ou menos trinta e cinco anos. Destaca-se na história pela maledicência e pelas mentiras que freqüentemente contava. Casando com Luisinha, deixa-a enclausurada.

Vidinha: Era uma mulatinha de dezoito a vinte anos de idade, de altura regular, ombro largos, peito alteado, cintura fina e pés pequeninos, tinha os olhos muitos pretos e muito vivos, os lábios grossos e úmidos, os dentes claríssimos, a fala era um pouco descansada, doce e afinada. Também cantava modinhas e tocava violas. Quando Leonardo a viu cantando, ficou boquiaberto e irremediavelmente apaixonado esquecendo seu primeiro amor. É interessante notar a caracterização diferenciada dada a Vidinha e Luisinha pelo autor: a primeira é sedutora e a segunda, cabisbaixa e melancólica.

Maria Regalada: Tinha esse apelido por causa da sua continua alegria, ria-se de tudo demoradamente. Era a amante do Major Vidigal e conhecida de D. Maria. É através dela que Leonardo consegue se livrar das punições e transformar em SARGENTO DE MILICIAS.

Chiquinha: Filha de Comadre. Casa-se com Leonardo Pataca, dando-lhe uma filha. Como madrasta, desentendem-se constantemente com Leonardo filho, provocando a expulsão dele de casa pelo pai, que a ameaça armado de espadim.



COMENTÁRIOS FINAIS


O presente trabalho finalizou-se com a Mostra Cultural 2010, na E.E. Caetano de Campos, com a exposição dos trabalhos de alunos no blog da escola e na classe dedicada aos trabalhos de Língua Portuguesa.
Podemos dar o nosso parecer, dizendo que foi muito produtivo, que houve crescimento intelectual compartilhado, apesar de alguns grupos terem feito os seus trabalhos, não o digitaram para serem postados no blog e, outros não os fizeram.
Nota-se que houve muitas pesquisas, que buscaram informações sobre o livro, principalmente na internet, o que possibilitou a aquisição do conhecimento, fato que não garante que tenham lido o livro na íntegra.Contudo, todos tomaram conhecimento sobre o livro, sobre o tema, quais eram as suas obrigações a serem cumpridas, o porquê de adotar o livro, além da facilidade de acesso ao material, pois havia um livro para cada aluno na biblioteca e, os alunos ao menos o folhearam.
Em relação ao material apresentado pelos alunos `a professora, dizemos que foram atingidos muitos objetivos propostos no tema/projeto : biografia do autor, descrição das personagens, local dos acontecimentos, ambiente, resumos de partes do livro, variações linguísticas (alguns trabalhos não forem digitados pelos alunos), perguntas e respostas sobre o livro de fontes diversas, criação de letra de música, adaptação do livro em quadrinhos, trabalho manual em durepox representando as personagens principais.
Alguns itens como teatro, pesquisas de campo foram assumidos como compromisso no início da proposta, mas não houve protagonismo dos grupos, precisavam talvez de mais tempo, de mais atenção ao assunto conversando com o professor para incorporarem a importância do trabalho.
Enfim, recomendamos tanta a técnica de estudos aos demais professores interessados, pois aqueles que cooperaram nas pesquisas contribuíram com crescimento intelectual da comunidade escolar e da comunidade virtual.