Este blog pertence a Comunidade Caetanense, e a todos que desejarem compartilhar as conquistas e os conflitos de nosso rico contexto educacional. "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." (Paulo Freire)
domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 15 de setembro de 2012
Camões
O corpo de Camões Jaz na Capela Vicentina, em Lisboa, mas a sua alma está em todas as mentes daqueles que o leram.
Crônica
O amor acaba
Paulo Mendes Campos
Paulo Mendes Campos
O
amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de
teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro
onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva
contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de
cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite
votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no
cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois
polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na
insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante
do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no
olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos
braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres;
mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da
irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania¹ da pretensão ridícula dos
bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a
alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra
coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no
sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas
vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo
parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em
apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais
encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo
imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e
desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus,
ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor
se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em
Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso;
em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta
que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes
acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos
cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e
acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se
dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo
périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba
depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela
que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de
bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue
consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode
acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor;
na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da
primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno;
em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer
motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o
amor acaba.
1. No
sentido literário, epifania é um momento privilegiado de revelação quando
ocorre um evento que “ilumina” a vida da personagem.
O amor acaba - Crônicas líricas e
existenciais.
2ª- ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
Graciliano Ramos- São Bernardo-2A
Débora Miriam da Silva
Erika
Luana
Trabalho de Literatura
Livro: São Bernardo Autor
: Graciliano Ramos
II – Estrutura
1-Personagens:
1.1. Nomeie
as personagens mais importantes:
a)
Protagonistas: Paulo Honório, Luís Padilha, Madalena,
D. Glória,Ribeiro, padre Silvestre
b)
antagonistas:Paulo Honório era seu próprio inimigo.
c)
demais personagens: Tubarão,
Dr. Magalhães, Marciano, Rosa, Maria das Dores, Marciano, mãe Margarida,Mendonça, Casimiro Lopes, João Nogueira, Azevedo Gondim
1.2. Classifique
as personagens da obra em questão.
1.3. As
personagens são descritas fisicamente? Como isso ocorre?
R: Sim, porém de foram rápida, sem
muitos detalhes.
1.4. Hà
análise psicológica das personagens? Explique como esse perfil é caracterizado?
R: Sim. Ele é caracterizado de forma
a gerar uma profunda análise das relações humanas.
1.5. Caracterize
psicologicamente as personagens principais.
Paulo Honório: sempre consegue o que
quer sem se importar com a vida dos outros, tem uma visão política, é inseguro.
Madalena: tem opinião forte e própria,
se preocupa com os bens materiais, não se importa com as aparencias, ajuda os
outros.
1.6. Há
trechos em que a personagem manifesta maior expressividade emotiva ? Cite alguma passagem ou indique os
capítulos.
R: Sim, como é possível ver na
seguinte passagem “Aí eu peguei a xícara de café e amoleci”.
2.
Enredo (intriga, trama, história)
2.1. Qual
o principal móvel das intrigas na obra?
R: A relação entre Paulo Honório e
Madalena
2.2. Quais
os pontos de maior tensão na obra?
R: A morte de Madalena
2.3. A
obra apresenta relação com o contexto histórico –social em que foi produzida?
R: Sim, pois há uma crítica
importante com relação ao regime fndiário e os conflitos sociais.
3.
Ambiente (cenário, paisagem, situação)
3.1. Onde
ocorrem as ações (acontecimentos, fatos)?
R: Grande arte delas na fazenda S.
Bernardo.
3.2. As
personagens se deslocam para outros espaços? Quais?
R: Sim, como por exemplo Macéio.
3.3. De
que forma a mudança de ambiente afeta as personagens?
R: Essa mudança de ambiente afeta
diretamente a vida do personagem, pois as pessoas encontadas durante suas
viagens passam a fazer parte de sua vida: seu Ribeiro, d. Glória.
3.4. Como
ocorre a descrição espacial do ambiente? Quais recursos o autor utiliza?
R: O espaço é descrito conforme a
visão de Paulo Honório, reparando apenas naquilo que lhe interessa.
3.5. A
caracterização do ambiente é indispensável para o desenrolar da história? Há
relação entre o descritivismo e a escola literária a que pertence a obra?
R: O ambiente nesse caso não é tão
importante no desenrolar da história. Nessa escola liuterá ria o descritivismo
não está tão presente.
4.
Tema (assunto)
4.1. Qual
o tema central da obra?
R: Os conflitos sociais e psicológicos
do ser humano, com enfase na questão politica.
5.
Tempo
5.1. Em
que época se situa a narrativa? Qual a sua duração?
R: A narrativa se situa na década de
1930 e tem duração de 5 anos
5.2. A
obra apresenta sequência cronológica convencional? Explique.
Não. No começo a história está no presente,
depois volta ao passado e no final está no presente.
5.3. Há
tempo psicológico? Indique a passagem.
R: Sim, como por exemplo o capítulo
8.
5.4. O
que se pode dizer sobre o ritmo da narrativa?
R: A narrativa tem um ritmo rápido.
6.
Ponto de Vista
6.1. Classifique
o foco narrativo e o tipo de narrador.
R. Narrador-personagem, onde o foco
narrativo é de Paulo Honório.
6.2. Retire
da obra um exemplo de cada tipo de discurso (direto, indireto, indireto-livre)
e monólogo caso haja.
R. Discurso direto: - Foi assim que
sempre fez. A literatura é literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata
de negócios naturalmente....
Discurso indireto: Cheio de amargura,
abalada a decisão dos primeiros dias, confessou-me que tinha tentado contrair
um empréstimo com o Pereira.
Discurso indireto-livre: No hotel marchei para o banheiro, fui tirar o
carvão e o suor. E ia-me sentendo à mesa quando chegaram João Nogueira, Azevedo
Gongim e padre Silvestre.
Discurso monólogo: Rumor do vento,dos
sapos, dos grilos. A porta do escritório abre-se de manso, os passos de seu
Ribeiro afastam-se. Uma coruja pia na torre da Igreja. Terá realmente piado a
coruja.
III. Linguagem
1.1. Há
traços estilísticos que individualizam o autor da obra?
Sim, como quando ele liga o primeiro
capítulo com o último e assim por diante.
1.2. Há,
na obra, inovações linguisticas, arcaísmos, regionalismos, gíria ou vulgarismo?
R: Há arcaísmo e vulgarismo.
1.3. A
fala dos personagens ajusta-se à sua categoria social e/ou à realidade
representada na obra?
R: Sim, o reduzido vocabulário do
sertanejo ajusta-se a sua situação social.
1.4. Há
trechos representativos do estilo de época? Explique.
R: Sim, podemos ver na obra o
nacionalismo crítico, a liberdade de linguagem, a fragmentação do enredo,
características essas presentes no modernismo.
IV. Ideologia
1.1. A
obra compeende uma visão: realista, fantasiosa, fantástica, pessimista ou
otimista do homem e da sociedade?
R: A obra compreende uma visão
pessimista do homem e da sociedade.
1.2. Há
passagens, personagens ou qualquer elemento que indicie alguma simbologia?
R: Sim, podemos ver essa simbologia
com relação a coruja, sempre que ela aparece fosse a consciência, a forma
racional, é como se ela aparecesse para lhe lembrar que está na hora de voltar
a escrever.
1.3. Há,
na obra, sinais de tolerância religiosa, preconceitos de ordem moral, racial ou
social?
R: Sim, como se pode observar no
seguinte trecho “O domingo é perdido, o sábado também se perde, por causa da
feira, a semana tem apenas cinco dias que a Igreja ainda reduz” (sinais de tolerância
religiosa),
V.Que outras observações podem ser feitas sobre a obra?
R:Essa é uma obra ideológica, no sentido da concretizaçãodos
ideais políticos da época.
Graciliano Ramos-2B
Graciliano Ramos Parte II
1- Protagonista:
Paulo Honório e Madalena
Anatogonista: NÃO
LOCALIZADO
Demais personagens:
velho Padilha, Ribeiro, Luís Padilha, juiz Dr. Magalhães, D. Marcela, Padre
Silvestre,
tia Glória, Mestre
Caetano e a Rosa, Padilha, Gondim e D.Glória
1.2- Paulo Honório
era um homem ciumento, que desconfiava de tudo e todos.
Madalena era uma mulher fiel, que não
aceitava as desconfianças do seu esposo.
1.3- sim! Ocorre
falando defeitos e qualidades de cada personagem
1.4- Sim! Tendo como
exemplo Paulo Honório que era caracterizado pelo seu ciume, e a insegurança
consigo mesmo
1.5- Paulo Honório um homem ciumento e Madalena uma
mulher fiel
1.6- Completaram dois
anos de casados. Daí por diante, Paulo começou a sentir ciúmes de sua esposa.
Tinha uma certa desconfiança de todos os amigos. Observava o filho que nada
tinha de parecido com ele. Ele só queria saber se sua esposa lhe era fiel. Se
fosse, ele a faria a mulher mais feliz do mundo. A situação foi-se agravando.
Paulo Honório desconfiava até do padre e dos caboclos. Estava quase louco. À
noite, ouvia passos e assobios que acreditava serem sinais. Não dormia.
Madalena, nas conversas, mantinha-se serena. Só dizia que caso morresse de
repente queria que dessem seus vestidos à família do Mestre Caetano e a Rosa; e
os seus livros ao seu Ribeiro, Padilha e Gondim. Até que um dia se suicidou.
2- Enredo
Paulo Honório não
sabia muito de seus pais nem de sua infância. Lembrava-se apenas de uma
Margarida que vendia doces, a quem agora ele sustentava. Até os 18 anos
trabalhou na enxada.
Depois de um tempo,
cansado da antiga vida, resolveu morar na sua terra natal, Alagoas, já tencionando
apropriar-se de São Bernardo.
Quando o velho
Padilha [ dono das terras ] morreu, Paulo criou laços de amizade com seu filho
Luís, logo emprestando-lhe dinheiro, tendo como garantia as terras. Paulo
acabou por tomar-lhe São Bernardo com escritura e tudo o mais. No ano seguinte,
Paulo teve que trabalhar muito.
Em uma de suas
viagens a Maceió, encontrou um velho simpático chamado Ribeiro, guarda-livros
da Gazeta. Resolveu levá-lo para a fazenda, já que a casa nova estava pronta.
Durante todo o tempo
foi superando todos os obstáculos com meios lícitos e ilícitos.
Tudo começou a
funcionar como Paulo queria e ele se tornava cada vez mais importante e
respeitado. Alguns o criticavam, alegando que desejava possuir o mundo todo.
Paulo Honório mandou
construir uma estrada, uma escola e uma igreja. Recebeu visita até do
Governador. Depois mandou chamar Luís Padilha para ser professor na escola.
Uma ideia perseguia
Paulo: a de se casar. Desejava um herdeiro para sua fazenda.
Numa noite, foi
visitar o juiz Dr. Magalhães com a desculpa de um processo que estava em suas
mãos, mas na verdade tinha interesse na filha do magistrado, D. Marcela.
Chegando à casa do juiz encontrou muita gente e, entre outras pessoas, uma
loirinha que o deixou impressionado, cuja tia encontrou mais tarde no retorno
de uma viagem. A partir daí passou a frequentar a casa delas até que pediu
Madalena em casamento.
Padre Silvestre os
casou. A casa e a fazenda agradaram a Madalena e a sua tia Glória. Tudo corria bem.
Madalena teve um
menino. Completaram dois anos de casados. Daí por diante, Paulo começou a
sentir ciúmes de sua esposa. Tinha uma certa desconfiança de todos os amigos.
Observava o filho que nada tinha de parecido com ele. Ele só queria saber se
sua esposa lhe era fiel. Se fosse, ele a faria a mulher mais feliz do mundo. A
situação foi-se agravando. Paulo Honório desconfiava até do padre e dos
caboclos. Estava quase louco. À noite, ouvia passos e assobios que acreditava
serem sinais. Não dormia. Madalena, nas conversas, mantinha-se serena. Só dizia
que caso morresse de repente queria que dessem seus vestidos à família do
Mestre Caetano e a Rosa; e os seus livros ao seu Ribeiro, Padilha e Gondim. Até
que um dia se suicidou.
Enterram Madalena.
Paulo mudou de quarto. D.Glória e Seu Ribeiro foram-se. Estourou a Revolução.
Padilha e Padre Silvestre incorporam-se às tropas revolucionárias. O outro ano
foi terrível. Tudo andava mal, mas Paulo parecia não se incomodar. Era um homem
só. Viúvo há dois anos. Um homem acabado. Sem amor, sem dinheiro, sem nada que
resolve escrever um livro sobre sua vida.
2.1- O principal
motivo das intrigas é os Ciumes
2.2- É quando a
Madalena se suicida
2.3- Sim!
3- Era um ambiente
quente, cenario antigo, situação de tensão
3.1- Alagoas, em uma
fazenda
3.2- sim! Paulo
Honorio, que saiu da cidade onde foi criado, e volto para cidade natal
3.3- Ele amadureceu,
mudou de vida, conheceu pessoas novas e casou-se
3.4- Era uma fazenda
grande que agradava a todos. os recursos não são localizados no texto
3.5- Sim! Os
detalhes, modernos
4- Graciliano Ramos
4.1- S. Bernardo
5-
5.1- Na epoca do
Modernismo em 1922 a 1934 nao segundo Modernismo Brasileiro
5.2- Não!
5.3- As mazelas e
desigualdades do Nordeste Brasileiro foram o fermento da retomada da atitude
crítica do
Realismo/Naturalismo,
enriquecida com o instrumental analítico das novas teorias psicológicas
5.4- O ritmo rápido
da narrativa é substituído pelos compassos lentos de uma reflexão
problematizadora, difícil e tortuosa
6-
6.1- O foco narativo,
é passar para os leitores, que o ciume pode distruir um relacionamento, tanto
com o termino do casamento ou com a morte.
narrador-personagem conta na 1ª pessoa a
história da qual participa também como personagem.
6.2- Na página 9, 3 parte,
1 paragrafo (discurso Direto)
página 11, segundo
paragrafo (discurso indireto)
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