sexta-feira, 27 de julho de 2012

Redação de Relatórios

RELATÓRIOS






“ Redigir relatórios pode ser considerado uma habilidade na carreira. Não é importante apenas por ser uma tarefa que faz parte de um número crescente de profissões. Ela também pode fazer uma grande diferença para sua imagem na empresa e mesmo para a sua ascensão na carreira. Pode não ser muito justo, nem muito razoável, mas acontece senão redigindo relatórios excelentes.



O que você diz é importante, mas a maneira de dizer e como isso se parece são coisas vitais para a elaboração de um relatório profissional que se sobressaia ao dilúvio de coisas que seus leitores normalmente recebem. Para ser bem-sucedido, um relatório deve ser:



. Lido sem demoras desnecessárias;

. Compreendido sem esforços desnecessários;

. Aceito e quando for o caso seguido.



Para atingir estas metas, você precisa fazer mais do que apresentar os fatos de forma acurada. É necessário se comunicar de uma forma aceitável e inteligível com seus leitores. Redigir bons relatórios requer uma combinação de conteúdo e estilo: ter algo importante a dizer e saber como dizê-lo efetivamente.



Há dúzias talvez centenas de tipos diferentes de relatórios.Todavia, os pontos essenciais para que se escreva um bom relatório são os mesmos para todos desde o mais denso relatório de pesquisa até o mais humilde memorando entre departamentos.Este livro salienta as coisas que são realmente importantes independentemente do tipo de relatório que você precisa escrever” .



John Bowden in Escrevendo Excelentes Relatórios







4-

“ESTABELEÇA SEU OBJETIVO





É vital estabelecer com precisão o seu objetivo. Antes de tudo saiba por que você vai escrever. Só então você pode começar a pensar no que vai escrever e como vai escrever.



Um objetivo claro tem várias vantagens importantes:



. Ajuda a decidir quais informações incluir e quais deixar de fora;



. Ajuda a dar tom adequado ao relatório;



. Facilita a redação do relatório.



Um objetivo não é o que você pretende escrever, mas o que você pretende conseguir com o que escreve.



Ter em mente seu objetivo – ou os termos de referência – é a única forma de permanecer focado do início ao fim e ter a certeza de que tudo aquilo que deveria ser dito foi dito e que o que não deveria, não foi.



Escrever um relatório não é um objetivo, é uma tarefa. O objetivo é ampliar o conhecimento que os leitores têm do mundo, reduzindo as incertezas e aumentando a compreensão. Escrever um relatório para eliminar problemas não é um objetivo, é uma tarefa. O objetivo é definir a causa de um problema e, então, sugerir meios para eliminá-lo ou solucioná-lo. Concentre-se nos objetivos e não na tarefa relacionada.



Há mais uma grande vantagem em estabelecer um objetivo claro. Você pode consultar a pessoa que lhe pediu que escrevesse o relatório e verificar se ela está de acordo. Se não estiver descubra precisamente o que ela quer de você. Ao esclarecer isso num primeiro momento você terá perdido apenas alguns minutos do seu tempo, em vez de dias, semanas ou meses.” ( John Bowden , Escrevendo Excelentes Relatórios)









Ao redigir , lembre-se dos elementos de comunicação: emissor, receptor, mensagem, referente, canal e código. Leia o texto abaixo e os identifique. Observe também o nível de linguagem, a linguagem setorial e o emprego de pronomes. A seguir, faça um pequeno relatório sobre a estética do texto.





Brasília 27 de fevereiro de 1991.



Senhor Deputado:



Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta nº 6.708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas pelo Decreto nº 22 de 4 de fevereiro de 1991 ( cópia anexa).

2.Em sua comunicação, Vossa Excelência ressaltava a necessidade de que – na definição de demarcação de terras indígenas – fossem levadas em consideração as características sócio-econômicas regionais.

3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231 parágrafo, 1º §, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente.

4.Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade civil.



A sua Excelência o Senhor

Deputado Imbróglio dos Santos

Câmara dos Deputados

70.160 – Brasília- DF



5. Os estudos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão publicados juntamente às informações recebidas dos órgãos públicos e das entidades civis acima mencionadas.

6.Como Vossa Excelência pode verificar o procedimento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministério da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive aqueles assinalados em sua carta, com necessária transparência e agilidade.



Atenciosamente





Antonio da Veiga

Consultor









RODRIGUEZ, Manuela M. Manual de Modelos de Cartas Comerciais. São Paulo. Editora Atlas, 2002.

MATERIAL PESQUISADO PELA  PROFª DRª VERA LÚCIA GRANDO